DIU: especialista esclarece as principais dúvidas sobre o método
Preservativos masculino e feminino, pílulas combinadas, tabelinha, injeções. Muitos são os métodos contraceptivos utilizados pelas mulheres de todo o mundo para evitar uma gestação inesperada. Mas, entre todas as formas, o DIU, que já é utilizado no Brasil há muitos anos, tem ganhado cada dia mais adeptas, especialmente as mais jovens, devido sua alta eficácia e praticidade.Mas, apesar de ser um dos contraceptivos mais utilizados no país, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o tema.
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Qual a idade ideal para usar o DIU?
De acordo com o ginecologista Marcelo Ponte, o método pode ser utilizado em mulheres em todas as faixas etárias. “O DIU é um dos métodos contraceptivos de longa duração mais eficazes. Ao contrário do que muitos pensam, ele é uma alternativa muito interessante, inclusive, para adolescentes. Isso porque além de ser um método seguro, não é necessário que a ela se lembre todos os dias de fazer o seu uso, como é o caso da pílula anticoncepcional”, explica.
Quais os tipos existentes de DIU?
O especialista também conta que, atualmente, há quatro tipos do dispositivo no mercado e o médico ginecologista é o profissional indicado para orientar cada mulher nessa escolha. “Existem dois dispositivos hormonais, o Mirena e o Kyleena e dois dispositivos não hormonais, o DIU de cobre e DIU de cobre com prata. As opções não hormonais, são excelentes para pacientes que não sofrem com cólicas menstruais e fluxo menstrual aumentado”, pontua.
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Indicação do DIU Kyleena
Ainda de acordo com o ginecologista, a opção do DIU Kyleena, geralmente, é indicada para mulheres mais sensíveis ao uso da progesterona e que costumam ter mais efeitos colaterais. “Por liberar menos hormônios, ele é mais indicado para mulheres com mais sensibilidade e também para as adolescentes. Em contrapartida, justamente pela baixa dosagem, ele ainda permite que a paciente menstrue”, esclarece.
Indicação do DIU Mirena
“Já o Mirena, além de prevenir a gestação, pode auxiliar mulheres que sofrem com um ciclo menstrual intenso e que tenham endometriose, pois deixa a camada interna do útero mais fina, podendo levar a uma amenorréia, diminuindo as cólicas menstruais, que são comuns da patologia”, pontua.
Como é feita a colocação do DIU?
Para colocar o dispositivo, é necessária uma consulta com o ginecologista e após a aprovação do médico, o procedimento é simples. “A colocação do DIU é fácil, costuma acontecer no próprio consultório e leva cerca de 15 a 30 minutos. A dor durante o procedimento é relativa, podemos dizer que o procedimento gera um desconforto que pode ser tranquilo para algumas pacientes ou mais dolorido para outras, que tenham maior sensibilidade à dor”.
Segundo Ponte, após ser inserido, é necessário que a mulher repouse por 40 minutos e não tenha contato sexual por 24 horas, até que o organismo se acostume com o novo método. Após o período, o dispositivo não interfere na relação sexual ou na higiene íntima. “Muitas mulheres têm essa dúvida, se há alguma mudança na relação sexual ou se esse contato pode mover ou alterar a posição do DIU. Mas a resposta para ambas as dúvidas é não!”, revela.
Pontos de atenção!
“Caso a mulher sinta alguma dor, desconforto ou consiga tocar facilmente o dispositivo, é um sinal de que algo está errado e ela deve procurar o ginecologista rapidamente. Mas, caso isso não aconteça, é indicado que ela retorne ao médico após um mês para checar como o organismo está reagindo ao método. Após o tempo de adaptação, é importante que a paciente faça o acompanhamento com ginecologista pelo menos uma vez ao ano”, reforça.
Qual a duração da eficácia do DIU?
Além de ter mais de 99% de eficácia, o método tem uma duração de cinco a dez anos e pode ser retirado facilmente pelo médico.