Diferentes tipos de exames para COVID-19 ainda confundem a população
Em curva ascendente no número de casos confirmados e mortes pela COVID-19, o Paraná é um dos estados brasileiros que mais realiza testes para a detecção da doença. Recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a testagem é um dos recursos para conter a disseminação do novo coronavírus.
Porém, de acordo com o médico infectologista responsável pela Unimed Laboratório, Jaime Rocha, a corrida pelos exames têm causado confusão entre a população. “Muitos ainda não sabem quando procurar atendimento médico e nem qual exame deve ser feito. Infelizmente, as fake news sobre o assunto acabam prejudicando muito esse processo de informação”, explica.
Existem diversos exames disponíveis no mercado para a detecção da COVID-19, mas o RT-PCR e a sorologia são os mais utilizados, pois ainda existem discussões relacionadas ao valor preditivo dos resultados e à sensibilidade dos demais métodos nos chamados testes rápidos. O RT-PCR é o exame padrão ouro da OMS e é conhecido por ser o “exame do cotonete”, uma vez que a amostra de raspado (swab) de orofaringe e/ou nasofaringe (garganta e nariz) é obtida com uma haste flexível. Este é o exame indicado para pacientes que apresentam sintomas nos primeiros dez dias, ou seja na fase aguda da doença e tem como objetivo definir a conduta clínica e isolamento do doente. Trata-se de uma análise de material genético e por isso, o resultado fica pronto, normalmente, em até cinco dias úteis após a coleta.
Já a sorologia, conhecida pelas siglas IgG e IgM, detecta os anticorpos para coronavírus no sangue e é indicada para pacientes assintomáticos que já apresentaram sintomas da doença há mais de 14 dias e que, por algum motivo, não fizeram o RT-PCR. A coleta é feita por meio da punção venosa, sem necessidade de jejum, com resultado em até dois dias úteis após a coleta.
O médico esclarece que o IgM é, normalmente, o primeiro anticorpo a aparecer e um resultado positivo indica uma infecção recente. Já o IgG demora um período um pouco maior para ser detectado e evidencia se a pessoa já teve contato com o vírus e, possivelmente, já pode ser considerada recuperada.
Para suprir a demanda, a Anvisa disponibilizou diferentes tipos de testes rápidos, mas é preciso, ao buscar algum deles, atentar aos critérios de segurança e eficácia.
Conforme acordado entre as operadoras de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os exames RT-PCR e a sorologia para detecção do coronavírus (COVID-19) foram incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a cobertura mínima obrigatória para os beneficiários de planos de saúde. Cabe a cada beneficiário consultar as condições do plano contratado.