SELF SAúDE

Calor e sol escondem perigos para a saúde da mulher

Ginecologista dá dicas para se evitar o desenvolvimento de fungos na região genital nesses dias de verão

Sol, calor, praia, piscina o dia inteiro. Quem não sonha com esse cenário para aproveitar cada dia das férias de verão? Mas esse mundo ideal esconde perigos que podem ser prejudiciais para a saúde, especialmente das mulheres: como os fungos genitais. Vale as dicas para prevenção:

O hábito de passar o dia inteiro com a roupa de banho molhada mantém a pele úmida, principalmente na região genital, que, associado ao calor dos dias de verão, cria um ambiente favorável para o desenvolvimento de fungos como pitiríase, tínea e cândida. Vale lembrar que elas também podem acometer outras regiões do corpo.

 “A combinação de calor e umidade cria o ambiente ideal para o desenvolvimento de fungos, seja na região genital, entre os dedos dos pés ou em pregas e dobras da pele, estas, especialmente em bebês”, adverte a ginecologista Lilian Lang.

Ela explica que isso provoca a maceração da pele, deixando-a sensível e mais vulnerável à ação dos fungos, que estão presentes em todos os ambientes.

Segundo a médica, os fungos mais recorrentes nessa época de verão são a pitiriáse, que provoca manchas brancas na pele, também chamadas de pano branco, a tínea, que provoca uma lesão avermelhada que descama a pele, e a cândida, com maior incidência em mulheres pelo fato do fungo estar na flora vaginal e, por um desequilíbrio da mesma, que provoca coceira e ardência intensa na região genital.

Esses três tipos de fungos são tratados com medicações tópicas e/ou orais, dependendo do estágio de desenvolvimento da doença no início do tratamento.

Roberta Crispim, farmacêutica esclarece que para o diagnóstico destes fungos, é realizada, além da avaliação clínica, a análise laboratorial. “Usamos exames de microscopia direta e cultura fúngica, a partir da amostra coletada do local acometido – áreas de descamação ou secreção genital – para o correto diagnóstico”.

Mas a farmacêutica lembra que assim que a mulher perceber alterações na pele – seja vermelhidão ou manchas brancas – e sentir coceira, ardência para lavar a região ou urinar, deve procurar o quanto antes um atendimento médico.

E se prevenir ainda é o melhor caminho, os cuidados básicos indicados pela ginecologista para evitar infecções fúngicas são: não permanecer por um período prolongado com roupa molhada, evitar uso de tecidos sintéticos, que limitam a transpiração da pele e manter a higiene adequada da região genital.

Outros cuidados também podem ser tomados, como o uso de sabonetes propícios para a higiene íntima e banhos de assento com chá de camomila ou bicarbonato de sódio. Essas medidas são recomendadas para reduzir a acidez da região genital.

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