Artigo: estresse físico e mental pode causar queda de cabelo
A queda de cabelo costuma ser mais comum nos homens – pelo menos é deles que lembramos quando falamos em calvície -, mas as mulheres também podem sofrer desse mal. E o problema pode se agravar caso o paciente esteja passando por momentos de estresse físico e mental. Segundo a dermatologista Luz Marina Hannah Grohs, da Neoderme, o estresse e a alimentação pobre em vitaminas podem ser gatilhos para esse problema.
“Caracteristicamente o cabelo é muito suscetível a inúmeros fatores, dentre eles: estresse físico e mental, como dietas restritivas, pós-operatório de cirurgias bariátricas, doenças crônicas, etc. Estes fatores causam um desequilíbrio na homeostase (equilíbrio químico e fisiológico do organismo), gerando a queda de cabelo que pode ser aguda (durar poucos meses) ou crônica (anos). De maneira fisiológica perdemos, em média, de 80 a 120 fios de cabelo por dia”, explicou a dermatologista.
Existem vários tipos de queda de cabelo, dentre elas a alopécia androgenética (calvície) e alopécia areata. Na calvície, geralmente se revelam outros casos na família, tanto do lado paterno quanto materno. Já a alopécia areata é basicamente uma doença autoimune dos pelos que causam áreas de falhas no cabelo e/ou pelos do corpo por agressão pelo próprio organismo, sendo na maioria dos casos reversível. “A alopécia areata envolve muitos fatores genéticos, alguns deles ainda estão sendo descobertos, com possibilidades terapêuticas no futuro relacionadas a estes genes”, avaliou.
Alimentação deficiente, cabelo em decadência!
Outro ponto que a especialista destacou sobre a queda de cabelos é em relação à alimentação. “Uma alimentação pobre em ferro e vitaminas pode contribuir para a piora do problema. Inclusive a dosagem de ferro (ferritina), vitamina D, zinco e vitamina B12 são alguns dos exames solicitados na investigação de queda de cabelo. Caso estejam deficientes, fazemos a reposição desses nutrientes”, acrescentou a Dra. Hannah.
Homens e mulheres afetados pela calvície
Ambos os sexos podem sofrer desse mal. Segundo a dermatologista, a calvície afeta tanto homens quanto mulheres, com mais de 50% dos homens apresentando algum grau do problema acima dos 50 anos. “As estimativas em relação às mulheres são variadas, e o pico de incidência ocorre após os 50 anos, com cerca de 30% de acometimento por volta dos 70 anos”, revelou.
De olho nos secadores
O uso de secadores e principalmente chapinhas, devido à sua alta temperatura, deve ser evitado por pacientes com problema de queda de cabelo. Nesse caso, segundo a especialista, os cabelos irão sofrer quebra dos fios e não tanto com a queda do fio inteiro (com a raiz). “O calor intenso gera pequenas bolhas dentro da cutícula dos fios, contribuindo para a quebra do fio. Por isso, é bom evitá-los ou diminuir sua frequência”, esclareceu.
Tratamento
Para um tratamento assertivo, é preciso que o dermatologista avalie as principais causas. Em geral, na alopécia androgenética (calvície), o tratamento principal constitui na aplicação de Minoxidil no couro cabeludo associado ou não a finasterida oral. Já na alopécia areta, o tratamento principal é infiltração de corticoide na área de falha do cabelo.
Em caso de quedas agudas, a reposição de vitaminas via oral tem seus benefícios. “O mais importante é se tranquilizar sobre a duração da queda, que em média dura de três a quatro meses, com resolução espontânea na maioria dos casos”, resumiu a dermatologista.