A face do sucesso
Impulsionada pelo seu crescimento econômico, Balneário Camboriú está atraindo bons profissionais, que encontram um universo classe A em mforte expansão no município. É o caso de Egídio Martorano Filho, um dos principais expoentes da cirurgia plástica de alto padrão do Brasil. Ele abriu uma clínica recentemente na cidade, no momento em que, segundo ele, “Balneário Camboriú explodiu, ficou gigante”, referindo-se ao boom de investimentos e novos serviços.
A clínica de BC é a terceira do médico. A partir do tripé formado por Florianópolis, São Paulo e, agora, Balneário Camboriú, Egídio é, hoje, uma referência nacional e internacional em cirurgia da face, usando uma técnica minimamente invasiva, com o auxílio de laser para as incisões. Os pacientes da capital paulista, muitos deles celebridades do mundo empresarial e artístico, são operados aos sábados e domingos no Hospital Israelita Albert Einstein, reconhecido mundialmente por sua excelência.
“Trabalho de domingo a domingo”, revela Egídio. Com 30 anos de medicina, o catarinense estima ter feito cerca de 18 mil cirurgias. Boa parte desse sucesso é por conta de sua disciplina: ele acorda pontualmente às 5 da manhã. Trabalha por dia, em média, 14 horas. As agendas nas três clínicas estão sempre cheias.
Egídio estampa no currículo, com orgulho, a grife “Pitanguy”. Nos primeiros anos de carreira, quando viveu no Rio de Janeiro, ele trabalhou na clínica do Dr. Ivo Pitanguy. Começou como residente e chegou a operar lado a lado com o ícone da cirurgia plástica, que teria feito 98 anos em agosto deste ano.
Diante de uma rotina tão agitada, vem a curiosidade: como ele consegue manter o foco para fazer cirurgias tão precisas e delicadas? Entre outras atividades, sua disciplina vem da prática de taekwondo. Adepto dessa arte marcial coreana há 15 anos, Egídio comenta que ela ajuda a manter a resistência física necessária para ficar horas em pé operando. Outro esporte praticado pelo cirurgião é tiro ao prato.
Egídio salienta a importância também de cuidar da espiritualidade, buscando sempre boas energias e equilíbrio. Anos atrás, ele foi ao Santuário de Madre Paulina pedir a benção de um padre e rezar. “Considero essencial olhar para dentro de si mesmo, voltar-se para o interior”, conta o médico.
O catarinense tem uma visão otimista do futuro da cirurgia plástica, que, segundo ele, deixou de ser associada à futilidade.
“O mundo mudou. Hoje, as mulheres com 50 anos estão começando a vida, estão saindo, fazendo plástica. Uma pessoa com 40 anos era considerada idosa até pouco tempo atrás.”
*Matéria originalmente publicada na edição #254 da revista TOPVIEW.