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PODE FICAR TRANQUILO! Coronavírus não é transmitido por cachorros e gatos

Quais cuidados com os pets diante deste cenário?

Desde que o COVID-19 chegou ao Brasil, a busca por informações a respeito do contágio por animais domésticos aumentou muito. Por isso, confirmamos: não há qualquer evidência de que cães e gatos possam ser infectados pelo COVID-19, bem como possam transmiti-lo para humanos.

Por isso, a veterinária Daniele Zurita Perrella responde algumas questões.

Coronavírus em cães e gatos

Nos cachorros, o Coronavírus pode aparecer de duas formas: uma com manifestação respiratória e outra entérica – essa última mais comum e que causa um quadro de diarreia.

É importante salientar que essas duas formas de Coronavirose canina são prevenidas por meio da vacinação anual, a V8 ou V10.

Já os felinos também têm seu coronavirus próprio (FCoV), que pode causar a Peritonite Infecciosa Felina, a PIF. A doença é encontrada em praticamente todo o mundo e, infelizmente, até o momento, não existem vacinas para prevenir o FCoV.

Esses tipos de Coronavírus que acometem pets não são transmissíveis aos humanos e não têm relação com o COVID-19.

O COVID-19 foi transmitido por animais?

Ainda é cedo para fazer afirmações a respeito do COVID-19, o que se sabe é que é uma doença zoonótica, como a SARS (síndrome respiratória aguda grave) e que o surto iniciou-se, aparentemente, no mercado de Wuhan, na China, o qual contava com uma seção de animais silvestres, onde eram vendidos animais vivos ou abatidos.

Assim que os cientistas decifraram o código genético do novo Coronavirus, os morcegos se tornaram os principais suspeitos, seja por transmissão direta aos humanos ou por meio de um animal infectado (um intermediário).

Os animais domésticos, gatos e cachorros, não contraem ou transmitem a doença.

Cuidados gerais

Estamos diante de um vírus de baixa taxa de mortalidade, mas alta virulência.

Tosse, espirro, beijos ou abraços podem causar exposição. O vírus também pode ser transmitido ao tocar em algo que uma pessoa infectada tocou e depois em sua boca, nariz ou olhos, e é aí que surge o problema.

Pense bem, se uma pessoa infectada espirrar na mão, fazer carinho no cachorro e, depois outra pessoa entrar em contato com aquele cachorro o que pode acontecer? Bem, se essa pessoa colocar a mão na boca, olho ou nariz, há grande chance de contágio. Exatamente como pode acontecer com maçanetas e balcões.

Ainda, esse cachorro poderá sim apresentar o vírus no seu organismo, uma vez que ele pode lamber o próprio pelo ou um ambiente contaminado, o que não significa que ele apresentará sintomas.

Para quem está com a doença, o contato com o animal deve ser evitado, sem os famosos lambeijos. Atualmente, os pets são como um integrante da família, sendo assim, o interessante seria deixá-lo em um hotel para animais ou aos cuidados de outra pessoa durante o período de quarentena do tutor, assim, evitamos que o pet carregue o vírus por todo o ambiente familiar.

Caso não tenha essa possibilidade, é importante passar álcool em gel sempre que for brincar com eles, mexer em ração, brinquedos ou petiscos.

Os passeios não ser cortados, por uma questão de bem-estar animal – algo que não devemos esquecer, sendo assim, escolha os horários de menor movimento nas ruas, bem como evite locais aglomerados, e use produtos de higiene animal nos pelos e patas antes e depois do passeio.

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