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Quando a pesca é um esporte! Tudo sobre a pesca submarina, tendência hoje

A pesca submarina exige preparo físico e concentração de seus praticantes

Quando pensamos em pescar um peixe, automaticamente vem à mente a imagem de um pescador de bermuda no meio do oceano, dentro de um barquinho, segurando uma vara de pesca. Só que esta não é a única forma de caçar um peixe. A pesca submarina é uma atividade que consiste na caça de espécimes aquáticos, utilizando técnicas de mergulho em apnéia (suspensão momentânea da respiração).

Anderson Bruco e Daniel Tocolini pescam, respectivamente, desde os 13 e 8 anos. Anderson, ainda moleque, costumava acompanhar seus tios durante a caça. O que começou com observação, logo virou admiração e afeição. Já Daniel pescava com seu pai, que sempre o estimulou. Hoje, ambos fazem parte da Associação Paranaense de Pesca Submarina (APPS), que conta com mais de 200 membros.

E, embora o esporte possua raízes familiares, algumas pessoas chegam até ele pela curiosidade. “Elas veem as fotos dos peixes enormes, e se interessam”, explica Anderson. Além disso, a sensação de buscar o próprio peixe, também é um atrativo. “Tenho muitas memórias de almoçar o peixe que minha própria família tinha pescado”, lembra ele. Já Daniel, que possui um barco no litoral, conta que vez ou outra passa o dia pescando com os amigos. Na alta temporada, chega a limpar o peixe recém pescado e almoçar ali mesmo, em alto mar. “Mas geralmente a gente conserva e traz pra casa. Aí chamamos a família ao longo da semana para uma peixada.”

Daniel Tocolini, 43 anos, dentista: “É um divertimento, um relaxamento. E tem o contato com o mar: enquanto mergulha, você consegue escutar e ver a natureza.”

Devido ao alto grau de concentração e treinamento em apnéia, a prática é vista como um esporte, com competições nacionais e estaduais. O curioso sobre a caça é que, embora o uso do Arbalete (arma de disparo de arpões) intimide, a verdade é que, devido ao mergulho, os pescadores submarinos têm maior visibilidade sobre qual peixe estão caçando, tornando a pesca mais seletiva. Isso evita que peixes proibidos sejam caçados.

Daniel Tocolini segurando um robalo de 20,4 kg.

Hoje a mobilidade luta por maior reconhecimento perante leis que discriminam o esporte. Quanto à APPS, ela atua assegurar os direitos dos praticantes da pesca submarina, orientando os praticantes quanto às leis e normas de segurança e, principalmente, promovendo a interação entre os associados.

Anderson Broco, 39 anos, professor: “Foi observando a minha família que eu tomei gosto pelo esporte. E é claro que é bom estar dentro da água, todo mundo gosta desse contato.”

A licença para a pesca amadora embarcada permite que se capture 15 kg e mais um exemplar de qualquer tamanho durante a jornada. Na foto, Anderson Broco durante uma de suas pescas.

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