SELF

O que você defende?

O luxo da experiência está presente em todos os segmentos do mercado, seja no automotivo, na moda ou até mesmo no renovado movimento da mixologia

Confesso que já olhei o pós-luxo de diferentes formas: como marketing, como expressão, como definição… mas o que realmente me faz acreditar no termo e levá-lo a vários cantos do Brasil e do mundo é cada vez mais ter a certeza de que ele é um movimento que defende o atual, o necessário, o único, aquilo que tem absoluta qualidade e que, mesmo sendo exclusivo, é acessível e está bem diante de nós.

Conversando com pessoas desde 2014, noto que as mesmas impressões são sentidas nos países que visitei e em todas as regiões brasileiras: precisamos defender ainda mais o que é nosso e exclusivo no planeta! Isso nos faz olhar para o ar, para a água, para os animais e as plantas, para os seres humanos, com todas as suas emoções, e para o meio ambiente. A responsabilidade, sim, é conjunta, talvez até mais dos indivíduos e da iniciativa privada do que do poder público, envolvendo todas as gerações que atualmente convivem, (res)significando o fato de simplesmente viver. Ao mesmo tempo em que estamos em um comportamento global, temos atuado localmente sobre o que acreditamos, agindo conforme menos impactos causamos.

“(…) para os que fazem parte desse novo movimento, ter significa poder cuidar e defender uma causa, uma vida, um todo.”

Assim ao menos deveria ser diante de tanto luxo que escolhemos ter. Digo e afirmo que o luxo atual é poder guardar memórias sentidas no contato com pessoas que amamos, usando ou não tecnologia para isso. Como sempre e tradicionalmente, o luxo difere para pessoas que o consomem das pessoas que não o reconhecem, e não poderia ser diferente com o pós-luxo. Para muitos, ter simplesmente por pertencer é o que ainda rege o viver, mas, para os que fazem parte desse novo movimento, ter significa poder cuidar e defender uma causa, uma vida, um todo. É muito mais do que somente ter opinião, é tudo sobre uma ação. Mais vale agir em relação ao que se defende e acredita do que curtir e comentar alguma foto. O pouco que podemos fazer já impacta no todo que o mundo precisa receber (de volta). Tenho orgulho de ser um dos reais defensores desse movimento mundial, assim como estou muito envaidecido por assinar esta crônica editorial em um veículo que referencia-se pelo que entrega e defende.

Adriano Tadeu Barbosa busca movimentos no Mercado de Luxo para diferenciar pessoas no Marketing Pessoal, desde 2006, principalmente em arquitetura, decor e construção civil.

*Coluna originalmente publicada na edição 228 da revista TOPVIEW.

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