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O coletivo fortalece laços

Mais de 10 ONGs colaboram para a qualidade de vida no bairro mais populoso de Curitiba

Inicialmente fundada para ser o centro industrial de desenvolvimento econômico da capital, com geração de emprego e instalação de diversas empresas e multinacionais, a Cidade Industrial de Curitiba é, hoje, o bairro mais populoso da cidade, com cerca de 200 mil habitantes, segundo estimativas do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), divulgado em 2016.

Concebida na década de 1970, a CIC abrigou grandes marcas no decorrer dos anos, como Bosch e Volvo do Brasil, fator principal para o crescimento populacional da região, já que muitos cidadãos procuravam emprego e moradia próximos. “Com esse número elevado de pessoas que vieram morar na região, vindo de todas as partes do Paraná e do Brasil em busca de oportunidades, vieram também as demandas por infraestrutura e serviços públicos”, conta o atual administrador regional da CIC, Raphael Keiji Assahida. Segundo ele, a alta demanda é consequência do fato de o bairro possuir o maior número de equipamentos públicos na Rede Municipal de Educação: são cerca de 27 Escolas Municipais, 46 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e um Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (CMAEE).

“Um exemplo é o Projeto Luz, que, na CIC, já entregou mais de cinco mil cestas básicas para famílias que precisam desse apoio.”

Além de ser o bairro mais populoso de Curitiba, a CIC possui mais habitantes que outras cidades paranaense, como Guarapuava e Paranaguá. Isso evidencia a importância das ONGs como atuações alternativas para melhor atender os moradores da região. Raphael explica que, em parceria com elas e por meio de ações focadas em esporte, artes, serviços de convivência, cursos de qualificação e doações, os cidadãos conseguem um suporte para melhores oportunidades e qualidade de vida. “Um exemplo é o Projeto Luz, que, na CIC, já entregou mais de 5 mil cestas básicas para famílias que precisam desse apoio. É muito gratificante e nos emociona ver tantos voluntários do bem.”

Segundo o empresário, além das 16 ONGs que atuam no bairro, há cerca de 100 associações de moradores, nove clubes de mães, 66 entidades religiosas, três grêmios esportivos e três instituições para idosos que, de forma brilhante, contribuem para a sociedade.

“Muita gente quer ajudar e não sabe como e, às vezes, tem até receio da sua ajuda não chegar à ponta. Peço para que procurem suas regionais, a prefeitura, consultem na internet, nas redes sociais, e falem com amigos. Há, sim, muitas e muitas instituições sérias e comprometidas que fazem um belíssimo trabalho na nossa cidade”, destaca ele. 

*Coluna originalmente publicada na edição #244 da revista TOPVIEW.

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