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Especial Home & Health: O movimento do coração

Cardiologista fala sobre a importância das atividades físicas para reduzir riscos de doenças cardíacas em idosos

Considerado o item número um de prevenção para doenças cardiovasculares, o exercício físico traz resultados muito positivos quando o assunto é o coração. Mais comuns em pessoas acima dos 65 anos, as complicações como insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana, fibrilação atrial e a hipertensão arterial podem ser prevenidas com atividades diárias, evitando o sedentarismo e aumentando a longevidade e o bem-estar do paciente. 

O médico cardiologista Alexandre Alessi explica que o alerta para a população da terceira idade se dá devido à diversos fatores: “maior incidência ou prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares, ou seja, hipertensão, diabetes e sedentarismo, além do aspecto degenerativo que acontece com a idade, os vasos sanguíneos ficam mais rígidos, o coração fica mais rígido, a musculatura fica mais flácida, por isso, existe uma chance maior de degeneração e de calcificação de válvulas do coração. Portanto, o envelhecimento humano leva a uma disfunção e alteração anatômica tanto do coração quanto dos vasos sanguíneos”, diz Alessi. 

O cardiologista afirma que a melhor forma de prevenção dessas doenças é inserir hábitos de vida saudáveis na rotina. “A atividade física melhora a autonomia do paciente idoso, reduz a prevalência dos fatores de risco e melhora a parte funcional cardiovascular. Obviamente uma boa alimentação é fundamental para esta associação com a atividade física adequada, à preservação de aspectos cognitivos e sociais também é muito importante, e a prevenção e os cuidados médicos são fundamentais”, pontua ele. 

“Sabe-se que pacientes cardiopatas, quando fazem uma atividade física regular ou exercícios de reabilitação cardiopulmonar, têm uma sobrevida melhor e uma menor incidência de internamentos e de queixas durante a sua vida”, relata o médico.

“A quantidade ideal de atividade física é exercício aeróbico de intensidade moderada, pelo menos 150 minutos por semana ou 75 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade vigorosa, para adultos com 55 anos ou mais”, exemplifica Alessi. 

Ainda, é essencial fazer um acompanhamento periódico com um especialista, com visitas anuais ou semestrais de prevenção. Para casos de tratamentos de complicações, as consultas devem ser mais frequentes.

Alexandre Alessi

 

(Foto: divulgação)

Especialidade: Médico especialista em cardiologia
CRM-PR: 12439

*Caderno especial publicado na edição #249 da revista TOPVIEW e apresentado pela Construtora Laguna.

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