SELF

Em meio à pandemia, grandes corporações têm buscado estratégias que cuidem da saúde mental de suas equipes

Uma delas é a Nestlé, que preza pela saúde dos seus colaboradores

Em paralelo ao coronavírus e seus desdobramentos, transtornos psicológicos como ansiedade e depressão já começam a representar uma segunda onda de danos à saúde. Até certo ponto, é esperado sentir-se mal, ansioso, com raiva, insatisfeito ou triste diante de tantos desafios que aparecem na nossa frente. Mas o sinal de alerta toca, pois este se torna o cenário ideal para o aparecimento de problemas mais sérios, como a síndrome de burnout – também conhecida como síndrome do esgotamento profissional – que no Brasil já atinge cerca de 30% dos mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Diferentemente da saúde física, os sintomas de desordens emocionais e psicológicas não são tão visíveis e isso dificulta a identificação desse problema. Por isso, é necessário que as organizações apostem em estratégias que cuidem da saúde mental dos colaboradores. Foi pensando assim, que a gigante Nestlé resolveu investir em um cuidado especial com seus colaboradores, junto à House of Feelingsprimeira escola de sentimentos do mundo com foco em auxiliar empresas a terem um olhar mais cuidadoso e humano com seus times.

Nomeado de “Emoções Conectadas”, o treinamento envolveu mais de 850 colaboradores, divididos em pequenas turmas. Desde março, quando teve início o projeto, já foram realizadas cerca de 80 sessões com líderes das mais diversas áreas da empresa, como RH, merchandising, professional, bares, nespresso, pet care, biscoito, globe, supply chain, bebidas, logística, trade marketing, jurídico e e-commerce.

“Fazemos um trabalho constante de saúde emocional com os colaboradores, mas foi a primeira vez que organizamos algo maior, para falar diretamente sobre emoções em um momento tão difícil para o mundo em geral. O treinamento foi desenvolvido pela HOF com muita sensibilidade e, não por acaso, tivemos uma taxa de 95,5% de favorabilidade entre os participantes”, afirma Fernanda Kuroda, analista de Saúde e Bem-Estar da Nestlé.

Cada turma passou por três sessões com cerca de uma hora de duração cada. O treinamento consiste em mesclar técnicas sérias e pertinentes com leveza e descontração, conectando pessoas e aproximando as equipes. “Falar sobre sentimentos pode parecer sinal de fraqueza ou algo pesado, mas a HOF conduziu os encontros com muita habilidade e sabedoria. Não foi cansativo, muito pelo contrário. Todos tiveram espaço para falar e ainda demos boas risadas”, opina Guilherme Monoz, analista de Mobilidade Internacional da Nestlé.

Os encontros foram tão positivos que a Nestlé resolveu internacionaliza-los: “O trabalho realizado com a HOF será estendido e levado também para os quase 50 funcionários brasileiros expatriados, que estão espalhados por todos os continentes ao redor do mundo. O ‘Emoções sem Fronteiras’ será uma iniciativa que valoriza a cultura de falar e cuidar dos sentimentos”, completa Guilherme.

Virginia Planet, sócia fundadora explica: “Os treinamentos da House of Feelings são desenvolvidos com base nos pilares da neurociência, filosofia, negócios e psicologia. Focamos no autoconhecimento, aliado à praticidade e às necessidades do mundo atual. Saber gerenciar as próprias emoções será um diferencial competitivo a partir de agora.”

“Ser feliz no trabalho deve ser tratado como prioridade. Não só pela saúde mental, mas também em benefício da carreira. Quem gosta do que faz e do lugar em que trabalha tende a ser mais bem-sucedido e a adotar uma postura otimista diante do seu desenvolvimento profissional” finaliza Lísia Prado, sócia da House of Feelings.

Deixe um comentário