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É possível continuar motivado trabalhando em home office?

Especialista em gestão de pessoas aponta caminhos para manter engajamento de equipes durante isolamento social

A pandemia causada pelo novo coronavírus obrigou empresas de todo o mundo a adaptarem suas rotinas e métodos de trabalho, adotando o home office como resposta imediata à evolução da Covid-19. Muitas empresas, no Brasil e no mundo, já tinham essa como uma prática regular. Mas, a esmagadora maioria das empresas foi forçada a se adaptar. Em empresas que já contavam com um programa de home office implementado, o ‘susto’ foi quase imperceptível. Com 100% dos times trabalhando remotamente, muitas empresas têm se tornado cases de inovação e manutenção da operação em perfeito funcionamento.

Mas, como manter o engajamento dos colaboradores com esse novo formato de trabalho? A diretora de Gente & Gestão (RH) da Tecnobank, Michaela Vicare, aponta alguns exemplos práticos que podem ser aplicados em empresas de diversos portes e segmentos.

Escritório virtual – em algumas empresas, os colaboradores se reúnem virtualmente todos os dias, a qualquer hora, sem impacto no dia a dia de trabalho e no andamento do negócio. “Pode-se criar um ‘escritório on-line’ completo, com salas virtuais para cada equipe, nas quais se trabalhe como se estivesse na própria sede. Qualquer funcionário pode ‘visitar’ a sala de outra área e, dessa forma, é possível manter o engajamento, a comunicação e o relacionamento entre todos”, explica Michaela.

Manutenção e adaptação de benefícios – outra medida que contribui diretamente com o engajamento dos colaboradores e a manutenção da cultural organizacional das empresas é o olhar cada vez mais humano para as necessidades individuais de cada um. “Benefícios ‘regulares’ podem ser adaptados, em diversos casos. Um exemplo é a opção para que cada colaborador distribua o crédito dos valores referentes a Vale-Refeição e Vale-Alimentação de acordo com suas necessidades: em vez de apenas creditarmos os valores padrões, permitir que as pessoas apontem como preferem essa divisão, afinal, com mais tempo em casa, o consumo em supermercados é maior do que aquele em restaurantes“, sugere a diretora.

Preocupação genuína – em tempos de crise sanitária, a saúde das pessoas deve vir em primeiro lugar. Para Michaela, o incentivo a campanhas, como a de vacinação contra a gripe, é uma excelente iniciativa. “Para as empresas que puderem estender o subsídio também aos dependentes legais, os resultados são ainda melhores. Alia-se a essa ação a responsabilidade social: com sintomas semelhantes aos da Covid-19, prevenir a gripe ajuda diretamente na diminuição de necessidade de ocupação hospitalar, principalmente considerando a chegada do inverno”, ressalta.

Confraternizações – incentivar a realização de happy hours, cafés da manhã e treinamentos, todos feitos virtualmente, é, segundo Michaela, fundamental. Com o apoio da tecnologia, isso pode ocorrer sem prejuízos ao diálogo e ao aprendizado. “Atitudes como essas, que podem ser adotadas por empresas de quaisquer portes e segmentos, contribuem diretamente com a produtividade e o engajamento nesse período e demonstram o respeito da companhia para com os seus colaboradores”, enfatiza.

No caso da Tecnobank, as pessoas usufruem do que mais entendem: a tecnologia. Assim, é possível otimizar o trabalho e entregar os mesmos resultados, melhorando processos, economizando suprimentos, contribuindo diretamente com a sustentabilidade, organizacional e ambiental, e respeitando o isolamento social. “Não sabemos ainda quando a sociedade global retornará às vidas da maneira que conhecíamos. Mas, cada empresa pode seguir dando continuidade ao trabalho de maneira ágil, eficaz e integrada, mantendo o compromisso de colaboração com seus clientes e o cuidado com as suas pessoas”, finaliza a diretora.

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