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Dra Joana Iarocrinski: entre maternidade e carreira

A médica especializada em medicina preventiva fala sobre os desafios enfrentados por ser mãe de três crianças nos dias de hoje

O equilíbrio entre vida pessoal, profissional, de mãe e de mulher, é uma busca fundamental para as mulheres deste tempo. Para a médica Joana Iarocrinski, que tem uma clínica de medicina preventiva bem movimentada, em Curitiba, no entanto, esse equilíbrio é essencial para manter a qualidade de vida.

Não importa se a mulher é mãe 100% do tempo, ou se divide da mesma forma casa e trabalho. A médica, nascida em Cascavel, conta que após seu filho mais velho, João Pedro, nascer, decidiu mudar os rumos de sua carreira a fim de conciliar com a maternidade.

“ Na época ele tinha um ano e meio aproximadamente e em contrapartida eu trabalhava em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A carga emocional vinda do trabalho no entanto, estava atrapalhando a minha relação com ele. Eu não conseguia descansar, bem como ter tempo de qualidade com meu filho.Tive que me reinventar.”, conta.

Joana Iarocrinski e a medicina preventiva

A fim de equilibrar todas as áreas da vida, quando engravidou da segunda filha, Cecilia, Joana decidiu ingressar em uma nova área: a medicina preventiva. “Na época, resolvi trabalhar com um novo conceito. Hoje, como resultado, as pessoas buscam qualidade de vida e saúde. Quando iniciei, não era assim. Foi um desafio enorme, mas não me arrependo.”, conta.

Veio a terceira gestação, e hoje ela está com três filhos em idades diferentes: Joao Pedro, de 6 anos, Cecilia, de 3 anos, e o pequeno Otávio com 6 meses. E hoje Joana mantém um ritmo intenso de vida, mas sem perder de foco o peso certo entre a vida pessoal e profissional.

É comum que as mulheres, quando se deparam com a maternidade, pensem em mudar de área. A Pesquisa dos Profissionais da Catho de 2018 apontou que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Joana recebe em seu consultório mulheres que passam por todas essas situações. Aliás, um sentimento comum presente nos relatos é a culpa. Culpa essa que acaba gerando inúmeros sintomas, chegando até a desenvolver doenças, como a depressão e ansiedade.

“Existe uma faixa significativa de mulheres que deixam o mercado de trabalho por alguns anos e quando os filhos vão para a escola, por volta dos dois ou três anos, se sentem perdidas”, conta a médica. Para ela, no entanto, o importante é a mulher estar bem e passar essa energia em casa.

“As crianças sentem e percebem tudo. Sabem se estamos bem”, diz Joana. Quando perguntamos como é sua rotina, a resposta é imediata: “é uma loucura! Mas depois de um tempo, percebemos que o importante para as crianças é que a gente esteja feliz”.

*Matéria originalmente publicada na edição 229 da revista TOPVIEW.

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