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Coronavírus: o pós-parto em época de distanciamento social

Adaptação à nova rotina com o bebê precisa ainda mais do esforço do casal devido à restrição de visitas durante a pandemia

Desde que iniciou o distanciamento social devido ao Coronavírus, tenho pensado em como devem estar se sentindo as gestantes e recém-mães. Contar com o apoio dos familiares que moram em outra casa e até mesmo de colaboradores, como diarista ou babá, não é mais uma realidade. Por isso, resolvi bater um papo com a psicóloga Fabiana Kac Altman, especialista em psicologia clínica, abordagem junguiana, que trabalha com EMDR, lá do Centro do Ser.

Segundo ela, o baby blues é uma depressão leve que várias mulheres têm no pós-parto, com as alterações hormonais e as adaptações com o bebê. Nesse momento, a ajuda de familiares e cuidadores apoiando a mãe fazem toda a diferença. “Com a situação do coronavírus, essa nova família tem que ficar isolada, sem os cuidados e o conforto que a rede de apoio traz”, afirma. “Por outro lado, essas novas famílias terão a chance de se conectar sem interferência externa, possibilitando uma adaptação conturbada, mas importante”, complementa.

Como se preparar?

O ideal é ter total apoio do parceiro (quando há) e da rede apoio (família, amigos), mesmo que à distância. Muitas vezes, a mãe só precisa de um colo, de um cuidado, de uma palavra de consolo. Às vezes, ela precisa descansar, ter um tempinho para ela.

Se os familiares puderem estar presentes com ligações, chamadas de vídeo, isso poderá auxiliar muito, lembrando que essa mãe também precisa de colo, conforto, segurança. É tudo novo para estas famílias, e muitas vezes isso cria uma insegurança, medo do novo, parecendo não ter saída. “Contar com a ajuda do parceiro torna-se mais do que fundamental. Sempre é importante compartilhar cuidados, descobertas, medos. Mas neste momento tão delicado que estamos passando, tudo isso torna-se ainda mais importante”, orienta
Fabiana.

O choro constante, a ansiedade, as inseguranças e sensação de incapacidade são comuns dos primeiros dias até umas duas semanas de vida do bebê. “Caso esses sentimentos se tornem muito extremos e/ou perdurem por muito tempo, é importante conversar com o obstetra para não evoluir para uma depressão pós parto”, finaliza.

Dica da Semana 

Já viram a diversão que o Google disponiblizou para celulares? É só digitar o nome do animal na pesquisa e procurar o desenho do mesmo em 3D. Depois clique em “veja em seu espaço”, para conferir o animal em realidade aumentada, dentro da sua casa, no cenário que a tela do seu celular apontar. Super divertido! Olha a visita do panda que recebemos!

(Foto: Dani Sommer).

Sobre a Autora

Eu sou a Danielle Sommer, jornalista, autora de livros infantis e mãe do David, 7 anos, e da Amanda, 4 anos. Aqui vamos conversar um pouquinho sobre esse universo corrido e apaixonante que entramos quando somos promovidos a mães e pais! Ah! O conteúdo é liberado também para avós, tios, dindos e quem mais quiser trocar dicas conosco. Aqui você vai ler roteiros, desabafos e entrevistas. Quer falar comigo danisommer@gmail.com. Aproveite para curtir no Facebook e no Instagram.

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