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Conheça as diferentes escolas e metodologias de Curitiba

A educação evoluiu e as instituições têm o desafio de se adaptar

Historicamente, na educação formal, o professor é figura central na sala de aula e transmite conhecimento de maneira unidirecional. Enquanto na Grécia Antiga o aprendizado ocorria de maneira oral e prática, na Idade Média, surgiram as primeiras instituições de ensino nos mosteiros. Foram necessários mais de dois mil anos para que as escolas, universidades e centros de ensino começassem a se formar e se consolidar. Carteiras enfileiradas com um grande quadro negro à frente remetem à Revolução Industrial, quando o modelo das fábricas foi reproduzido nas escolas.

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“Há pouco tempo, o professor entrava na sala e fazia uma exposição, e isso bastava. O aluno era passivo, ouvia, estudava, fazia prova e o professor era o dono da sala,” explica o Professor Waldemiro Gremski, reitor emérito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Esse modelo começou a mudar drasticamente com a chegada da chamada quarta revolução industrial, que introduziu a inteligência artificial, big data, entre outras inovações tecnológicas.

Gremski ressalta que o cenário educacional atual exige uma adaptação constante para preparar os estudantes para um futuro incerto. Esse ambiente dinâmico requer que as instituições de ensino ajustem seus currículos e métodos de ensino constantemente. Nesse sentido, as metodologias ativas de ensino, em que o professor age como um mentor ou guia, ganham espaço nas escolas brasileiras e paranaenses. Isso porque os alunos agora têm acesso ilimitado a informações por meio da internet e não dependem exclusivamente da figura de autoridade.

“A diversidade de metodologias e currículos na educação brasileira é essencial para atender às variadas necessidades e estilos de aprendizagem dos alunos. Em um país tão diverso quanto o Brasil, é fundamental que a educação não seja uniforme, mas sim flexível e adaptável”. É o que afirma Gisele Mantovani Pinheiro, especialista em gestão escolar e diretora Colégio Amplaçã
Gremski alerta que muitas instituições brasileiras ainda operam com metodologias do século XX, enquanto países desenvolvidos avançam com abordagens mais contemporâneas, focadas em habilidades como criatividade e inovação, em vez de apenas acumulação de conhecimento.

Gisele pontua a integração mais ampla e eficaz de metodologias ativas, o fortalecimento do desenvolvimento socioemocional dos alunos e a formação continuada dos professores como os três principais pontos de avanço importantes para o desenvolvimento da educação brasileira, no quesito curricular e metodológico.

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*Matéria originalmente publicada na edição#292 da TOPVIEW.

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