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Preservação dos sonhos: como funciona o congelamento de óvulos

Com o aumento da maternidade após os 30 anos de idade, a preservação da fertilidade, por meio do congelamento de óvulos, oferece tranquilidade e segurança

As conquistas no mercado de trabalho e a valorização da carreira profissional, bem como a busca pelo parceiro certo para compor uma família e o aumento da expectativa de vida são alguns dos fatores que o Dr. César Augusto Cornel e o Dr. Marcelo Gomes Cequinel observam para a tendência de a maternidade ocorrer mais tarde para muitas mulheres, atualmente.

Se antes o início da maternidade se dava por volta dos 20 anos, hoje essa idade sobe para 30 anos, chegando a ser superior a 35 anos em um a cada cinco nascimentos, de acordo com o Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia.

Mas, se o perfil comportamental sofreu uma alteração, o mesmo não se pode dizer do envelhecimento ovariano, que não mudou: aos 35 anos, em média, começa-se a perder a qualidade dos óvulos. Por isso, os sócios da Embryo, centro em Curitiba especializado em tratamentos de infertilidade, que está completando 20 anos, alertam para a importância de essa questão já fazer parte da rotina ginecológica, atentando as mulheres para a perda natural da fertilidade, antes de que a paciente se depare com uma situação irreversível.

Esse panorama ganhou um importante aliado, consolidado já na última década: o congelamento de óvulos como fórmula de preservação da fertilidade. A técnica preserva os óvulos nas suas qualidades atuais: se uma mulher de 30 anos, por exemplo, congela seus óvulos e, aos 45, decide engravidar, os óvulos congelados poderão ser fertilizados, dando mais chance de gestação e diminuindo índices de alteração genética.

Os médicos da Embryo reafirmam: não se deve esperar os 40 anos para congelar, pois, quanto mais jovem a mulher, mais chances de ter óvulos de qualidade. É um caso de prevenção e planejamento de vida, buscado, inclusive, por muitos casais, como observam os Drs. Cornel e Cequinel.

Congelamento de óvulos
Dr. César Augusto Cornel e o Dr. Marcelo Gomes Cequinel.

O procedimento, logo que realizado, oferece tranquilidade à paciente, tirando o peso, muitas vezes, de se precisar engravidar imediatamente. Outro aspecto importante do congelamento de óvulos diz respeito ao congelamento oncológico, já que a quimioterapia pode levar à menopausa ou reduzir a vida reprodutiva da mulher.

O congelamento permite preservar os óvulos – e o sucesso de uma gravidez saudável. Nesse processo, também é possível realizar uma análise genética, cada vez mais buscada por mulheres acima de 40 anos, identificando alterações genéticas. Atualmente, trabalha-se com uma taxa de 80 a 90% de óvulos que resistem à fase de descongelamento, sendo as chances de gravidez de entre 30% e 40%. O procedimento é considerado seguro e de poucos riscos.

Congelamento de óvulos: como funciona

– Estimulação ovariana: por meio de medicamentos orais ou injeções de hormônios, é produzido um número maior de óvulos maduros para serem congelados (quanto maior a idade da mulher, menor a resposta ao hormônio).

– Aspiração dos óvulos: os folículos são aspirados e encaminhados a especialistas para serem separados do conteúdo aspirado.

– Congelamento: os óvulos congelados ficam armazenados em um cilindro de nitrogênio líquido, a quase – 200ºC

– Descongelamento e fertilização: depois de descongelados, os óvulos passam para o processo de fertilização (a taxa é de 60%). Os embriões são acompanhados até o quinto dia e, então, transferidos para o útero.

Embryo

Av. Sete de Setembro, 6.481, Seminário – Curitiba 
Tel.: (41) 3524-6461 I 3524-6462
embryo.med.br

*Matéria originalmente publicada na edição 228 da revista TOPVIEW.

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