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É DE CURITIBA! 1º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake premiou projeto local

Ana Wasen e Heloisa Flores ficaram entre os três vencedores do prêmio

Voltado a estudantes universitários, o Instituto Tomie Ohtake, em parceria com a Leroy Merlin, apresentou o 1º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake. A iniciativa tem como objetivo incentivar jovens universitários – e duas estudantes curitibanas resolveram aceitar o desafio do famoso Instituto de São Paulo. Ana Wasen e Heloisa Flores ficaram entre os três vencedores da competição com o projeto “Tesse“.

As jovens, que acabaram de se formar na Universidade Federal do Paraná no curso de design, foram premiadas com seu projeto de conclusão de curso. Orientado pelo professor Alberto Puppi, ele apresenta uma linha de capas de próteses para pessoas que têm algum tipo de deficiência.

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Capa da prótese – arte PAC Calory. (Foto: Aline Mendes).

O tema da primeira edição do prêmio foi “Compartilhe” e destacou propostas de design que apresentam problemáticas contemporâneas, em que o uso compartilhado se faça relevante. Ana e Heloisa receberam R$ 5.000 quando foram selecionadas para participar da competição, além de uma bolsa.

As peças foram desenvolvidas em duas partes, internas e externas. A interna é produzida em impressão 3D totalmente de plástico. Já a externa pode ser desenvolvida em madeira, plástico ou metal. Elas podem ser decoradas da forma que o cliente quiser, são totalmente exclusivas e feitas sob medida.

Para o prêmio, foram desenvolvidas três peças em que a decoração ficou por conta de Ana e mais dois artistas locais. A estudante desenvolveu o bordado de uma capa, a PAC Calory fez a pintura de uma das peças e Jéssica Luz gravou um desenho a laser na terceira unidade. “Cada capa de prótese é única, exclusiva e personalizada”, enfatiza Ana.

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Capa da prótese – arte Jéssica Luz. (Foto: Aline Mendes).

O trabalho das designers recém-formadas está em exposição no Instituto Tomie Ohtake. Todos os vencedores expõem seus projetos no Instituto. Vale ressaltar que a dupla curitibana foi a única do estado a chegar aos 20 finalistas e entre os três premiados.

“Quando criamos o projeto, queríamos ajudar as pessoas com deficiência a se aceitar. Principalmente as mulheres, pois percebemos que elas sentem uma pressão muito maior em relação aos padrões de beleza da sociedade”, conta Ana.

Graças ao projeto Tesse, Heloisa foi aprovada em um mestrado no Japão. De lá, junto com Ana, ela pretende continuar e viabilizar o projeto mesmo com a distância. Além do mestrado de Heloisa, as duas ganharam um curso livre de design no IED Florença do instituto Tomie Ohtake.

Ana lembra da importância da pesquisa na área de próteses. “É fundamental a pesquisa com um viés estético e funcional ao mesmo tempo, pois as únicas pesquisas que existem na área são da funcionalidade. Os pesquisadores esquecem da importância da humanização do design, fazer com que as pessoas se identifiquem com o conceito”, desabafa a designer.

Até agora, foram desenvolvidas três peças para mulheres com algum tipo de deficiência. Regina, Joici e Adriana foram as primeiras a terem uma capa assinada pela dupla.

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