Um olhar para o autismo: novidades sobre o transtorno na saúde
Em meio ao crescente número de diagnósticos de transtornos neuropsiquiátricos, como o autismo, histórias de mães dedicadas destacam os desafios e as complexidades que famílias enfrentam ao buscar respostas para comportamentos atípicos em seus filhos. As experiências em comum refletem uma realidade de muitos pais e responsáveis: o desconhecimento inicial sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sobre a jornada de entendimento e adaptação. Esse panorama é ainda mais alarmante quando se considera o crescimento expressivo de diagnósticos, tanto no Brasil quanto globalmente, o que acende um alerta sobre a necessidade de maior conscientização, apoio e recursos para lidar com esses transtornos.
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Débora Moreira de Souza Assunção, que já era mãe de uma menina de 12 anos, planejou e esperou ansiosamente pela chegada de seu segundo filho, Daniel. O bebê, que foi recebido com total alegria pela família, começou a apresentar alguns comportamentos atípicos logo cedo. “Ele não atingia os marcos de desenvolvimento como os outros bebês, demorou pra sentar, tinha repulsa por alguns alimentos comuns na idade dele, tinha um apego absurdamente excessivo apenas comigo, tinha distúrbio do sono e ficava muito perturbado com barulhos altos como liquidificador, aspirador de pó, motos passando na rua, música de parabéns…” relata a mãe. O atraso também se deu ao começar a andar, apenas com um ano e sete meses e na fala, ao não conseguir formular frases completas, apenas palavras fora de contexto. “Eu sabia que meu filho era diferente, sempre soube, mas não fazia ideia que era autista. Minha ideia de autismo era totalmente fora da realidade”, completa ela.
À medida que a angústia da mãe crescia, os diagnósticos incertos pioravam a situação, já que os sintomas são mais dificilmente percebidos em crianças menores. O neurologista pediátrico Anderson Nitsche explica que a base Transtorno do Espectro Autista (TEA) está na dificuldade de socialização. “As crianças tendem a brincar mais sozinhas, evitar contato visual, não responder quando chamadas, demonstrar pouco interesse em compartilhar, realizar movimentos repetitivos, repetir o que os outros dizem ou o que ouviram na televisão, em desenhos animados ou no celular, diversas vezes (10 ou 15 vezes), e preferem manter essa continuidade”, diz.
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