Tua casa, teu ninho
As araras fazem seus ninhos em paredões de pedras, pois o difícil acesso as protegem dos predadores. Os periquitos se aninham no oco dos galhos. Já os mamíferos, como os ursos, usam as cavernas para se protegerem do inverno e fazerem sua hibernação.
A verdade é que homens a animais precisam ter para onde voltar, onde ficar! Goethe dizia que “o homem mais feliz, seja ele rei ou camponês, é aquele que encontra paz em seu lar”.
Um lar conta a sua vida, sua forma de ser e pensar. Dentro dele, há muitas histórias! Livros lidos e outros herdados do curso que o pai fez na juventude, por exemplo. Tem, ainda, o porta-retrato do Natal que conseguiu reunir toda família, a cristaleira antiga que foi herdada da avó, o piano esperando ser tocado depois de mudar de dono e o quadro ainda provisório na parede. Tudo isso reflete quem somos.
As histórias antigas misturam-se com as necessidades e os anseios do presente e do futuro. Transformações e adaptações acompanham os “sabores” de cada momento. Tudo isso torna-se uma mistura maravilhosa chamada lar. Uma reforma para aumentar a família, a troca do móvel que não mais resistirá ao tempo, a mudança da cor das paredes porque o astral também mudou… tudo isso é lar!
Assim, cada ninho vai adquirindo características muito próprias, pessoais, íntimas. Ele traduz as pessoas que lá vivem e suas trajetórias. Contam uma história. Acima de tudo, seu ninho deve te receber, te confortar a cada retorno. Intimidade. A certeza das portas de que só você tem a chave. No fim de cada dia, a cama conhecida, os pertences naquele lugar, das flores do vaso.
Que maravilha ter um ninho para onde voltar! Lar, doce lar!
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*Matéria originalmente publicada na edição #264 da revista TOPVIEW.