SELF COMPORTAMENTO

O peso de influenciar

Mais do que engajar, pessoas em posição influente devem saber fazer a diferença

A empresa americana de cosméticos masculinos Dollar Shave Club conduziu uma pesquisa com mais de 2 mil pessoas para descobrir quanto tempo se leva para formar uma boa (ou má) primeira impressão. O resultado foi que, em 69% dos casos, a primeira impressão é formada antes mesmo de a outra pessoa falar. Leva-se apenas meio segundo, literalmente um piscar de olhos, para formarmos uma imagem sobre outra pessoa.

É preciso estar ciente de que toda moeda tem dois lados: às vezes, seremos analisados para sermos criticados, e outras seremos vistos como exemplo. Sempre formaremos uma imagem sobre alguém e passaremos uma imagem para outrem. A responsabilidade é maior do que supomos.

Imagine então as pessoas que fazem parte do mundo midiático, pessoas públicas e influenciadores na sociedade. O imenso comprometimento que deve acompanhar a fama e a exposição!

Quando tocamos nesse assunto, é importante que não falemos apenas em agradar e como, também, em contribuir.

Somos ingênuos em pensar que, nessa fantasia que formamos sobre as pessoas, não exista realidade.

Partindo-se da premissa de que uma pessoa com posição influente não deixa de ser humana, ela ainda deve ter o compromisso de procurar “acertar mais”: informar com responsabilidade, trazer assuntos e práticas que possam fazer a diferença, ser humilde, apoiar causas que visem uma sociedade mais justa, conectar pessoas e ser condizente com a imagem e a mensagem que passa.

Sob outra perspectiva, as pessoas que seguem e admiram a posição de notoriedade ou uma pessoa com prestígio social, devem ter consciência e critérios de avaliação para que essa relação seja agregadora e positiva. Não restam dúvidas: ambas as partes têm o ônus e o bônus de fazer a sua parte.

Por fim, o filósofo e educador Mário Sérgio Cortella resume com propriedade o que deve ser a influência:

“agir conforme aquilo que se fala, alinhar discurso e prática, além de ser uma postura ética, é um sinal de autenticidade”. Ah! E por falar em autenticidade, que não nos falte nunca a espontaneidade! 

*Matéria originalmente publicada na edição #256 da revista TOPVIEW. 

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