SELF COMPORTAMENTO

ARTIGO: Empresa impulsiona influenciadores digitais, nova opção das marcas

A profissão dos Influenciadores digitais mostra cada vez mais como as marcas só têm a ganhar com uma boa representação digital

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de influenciadores digitais, porém, o termo “influenciador” ainda é muito mal compreendido por muitos, sobretudo por profissionais que atuam na área, uma vez que é a “profissão da moda”.

Antes de se tornar uma profissão aliás, o termo era visto de forma pejorativa, principalmente pelos profissionais da comunicação, mas seu conceito mudou, assim como sua prática foi profissionalizada por muitos.

Os influenciadores digitais não são apenas o estereótipo do “jovem conectado”. Mas eles também estão em variados segmentos como jornalismo, literatura, medicina, direito, entre outros. São pessoas que sabem se comunicar bem como compartilhar com o público o que fazem, disseminando um determinado conhecimento e formando opiniões.

Entende-se por influenciador digital aquele que utiliza suas redes para produzir conteúdo, expressar diferentes pontos de vista sobre diversos temas, e mobilizar indivíduos. Além disso é capaz de modificar ou ajustar a pauta ao comportamento de sua audiência. Acima de tudo, o influenciador é aquele que consegue trazer público para dentro de suas vidas, misturando-se com aqueles que seriam, a princípio, apenas espectadores.

Coletive

A Coletive, uma das aceleradoras de carreiras mais notórias do Brasil, nasceu em Curitiba e hoje está presente em São Paulo e Rio de Janeiro. Atua com diversos criadores de conteúdo da cena nacional e internacional, afinal, entende a importância do papel das redes na aproximação dos clientes de marcas. Há diversos cases para comprovar a eficiência de um trabalho específico para fazer com que nomes, como Aruan Felix, Boca Rosa, Fred Elboni, Rafa Gomes, Livian Aragão, Nienke, dentre diversos outros, ganhem a projeção que merecem.

Em uma das ações recentes realizadas pela Coletive, a holandesa Nienke, conhecida pelos seus vídeos em que tenta falar palavras e frases em Língua Portuguesa, trouxe um resultado impressionante para uma campanha de Carnaval para um grande aplicativo de transporte que atua no Brasil. A jovem apesar de europeia tem mais de 95% da base de fãs consolidada pelo seu conteúdo e pelo público brasileiro. Nienke contava com 40 mil inscritos no início de 2017. No entanto, após o trabalho com a Coletive, o número subiu para mais de três milhões em apenas um ano e meio de trabalho com as estratégias desenhas pela empresa.

Planejamento digital

Atuar como impulsionadora de carreiras vai muito além de prestar uma simples consultoria ou fechar ações pontuais. É necessário desenvolver um planejamento, que pode começar pelo universo digital e desenvolver para um novo posicionamento geral. Tudo aliado a uma nova maneira de se comunicar. Aproveitar-se desta nova frente para venda de produtos é somente uma decorrência lógica para empresas e investidores que não se blindam da influência do conteúdo digital. Uma ação bem construída vai além de algo pautado automaticamente por plataforma digitais. Existe um capricho a mais, a fim de prezar pela integração da ação publicitária ao conteúdo e esse impacto mais agradável e real no público.

Todo esse trabalho realizado no mundo virtual afeta a realidade e, os instagrammers e youtubers são os principais moldadores dos novos hábitos de consumo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sprout Social, grupo que analisa estatísticas ligadas às redes sociais, cerca de 74% dos consumidores se orientam por meio deles antes de realizarem compras. Ou seja, a cada quatro pessoas, três optam por buscar o feedback de internautas e influencers, em vez de pedirem opiniões a amigos e familiares. É como se o influenciador virasse uma figura próxima do seu público, em que as pessoas acabam comprando aquilo que eles indicam pois sentiram credibilidade. Isso prova a importância de uma ação bem formatada, um influenciador com boa aceitação e valor agregado em sua imagem.

A internet continua sendo definida como um “mar caótico de informações” ou um “jornal sem editor”. Na contramão dessas generalizações se encontra o trabalho de influenciadores digitais profissionais. Afinal empresas focadas em imagem/carreira a longo prazo, como a Coletive, entende as necessidades de um influenciador digital em potencial e sabe como fazê-lo crescer, não só mirando em ações publicitárias momentâneas, mas uma carreira duradoura e saudável.

Mercado de trabalho

Um instagrammer não é aquele que atua pela lógica do rec & play, ou copia e cola. Afinal, um influenciador precisa conhecer o conteúdo que está divulgando, assim como as plataformas em que vai atuar. Identificar seu público alvo – levando em consideração faixa etária, classe social – e utilizar técnicas para gerar engajamento e mensurar qual foi o impacto do conteúdo produzido é essencial.

Levando isso em consideração, qualquer um pode se tornar um influencer. Como por exemplo, uma pessoa que mantenha uma empresa de aquários e fale tudo sobre este universo – peixes, estruturas de vidro, ração e limpeza. Ela terá um grande potencial para atuar neste segmento, podendo virar um dos grandes influenciadores digitais em um ramo no qual poucos pensariam em investir tempo e dinheiro. Ou seja, é preciso saber o nicho para o qual se vai comunicar algo antes de qualquer número de seguidores e valores contratuais.

Antigamente, as empresas miravam apenas em pessoas gigantescas e desconsideravam os dados de impressões orgânicas, como a quantidade de pessoas que acessaram ou compartilharam o conteúdo proposto. Cada vez mais, as marcas conseguem compreender que engajamento é muito melhor do que números. Tudo isso somado ao valor agregado e uma boa imagem construída. Afinal, isso acrescenta no valor e no peso de palavra de um criador de conteúdo, gerando mais resultado.

Agora, as empresas estão se propondo a valorizar esse tipo de informação e relacionamento, com o objetivo de, como a própria palavra diz, influenciar. Não mais apenas o conteúdo é importante, mas a pessoa quem comunica.

*Este artigo é de autoria de Lucas Coelho e a publicação original pode ser encontrada na revista Propaganda

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