SELF COMPORTAMENTO

Engenheiros da nossa própria vida

Eu construo, tu constróis, ele constrói… tijolo a tijolo, passo a passo, ação a ação.

A vida é, na verdade, uma construção eterna, desde o dia em que nascemos até o dia em que dizemos “adeus”. Construímos laços, amores, família. Sozinhos ou unidos a alguém que, assim como nós, aceita o desafio de tirar do papel um projeto a dois, que pode virar três, quatro ou dez. Arquitetamos planos de futuro, unimos esforços para executá-los e edificamos sonhos! Materializamos desejos, edificamos realizações, construindo uma história única, só nossa, que, às vezes cruzada com outras, vai construindo um emaranhado de histórias. 

Dentro de casa, ajudamos a construir os valores dos nossos filhos – por meio da criação e da educação que lhes proporcionamos. Servimos como fundação e alicerce bem estruturado para que eles próprios possam edificar suas vidas, tijolo a tijolo, passo a passo, ação a ação.

E, por falar em edificar, construímos uma carreira – com estudos, experiências, e muitos calos nas mãos. Com a mão na massa, vamos levantando paredes e derrubando muros, construindo, crescendo, ampliando conhecimentos, habilidades e comportamentos. Passamos, aliás, a maior parte das nossas vidas erguendo vigas e mais vigas naquilo que chamamos de desenvolvimento profissional.

Um tijolo aqui, outro ali, um tijolo meu, outro seu, construímos a várias mãos, como em um grande canteiro de obras, uma sociedade: cheia de ideias, de contribuições de todos os tipos, culturas, bandeiras e crenças – umas positivas, outras não – mas que, em um contexto geral, é elaborada de forma bastante complexa por pessoas que parecem ter vindo apenas a passeio e outras que vieram para realmente mudar – ou construir – o mundo!

Interessante nos olhar como engenheiros da vida, arquitetos de sonhos e alveneiros da nossa própria realidade. Afinal, se tudo na vida é uma construção, que saibamos ser o “faz-tudo” que resolve os nossos problemas, assumindo a responsabilidade do nosso próprio horizonte.

*Crônica editorial originalmente publicada na edição #254 da revista TOPVIEW.

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