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Como superar a dor da perda?

O luto, como tudo na vida, também tem suas fases — e é preciso muita resiliência para superá-lo

Em épocas tão difíceis como a que estamos enfrentando, é fundamental aprender a repensar as nossas perdas. Quando alguém morre, uma parte de nós também deixa de existir. Não teremos mais aquele abraço, aquelas risadas e aqueles momentos únicos. É doloroso. Estamos enlutados, seja por termos perdido amigos e familiares, seja por solidariedade às pessoas próximas a nós. Para que possamos superar essa etapa difícil que envolve tantas perdas e desequilibra a nossa saúde mental, vale uma reflexão sobre as fases do luto.

Primeira fase – negação: as pessoas tendem a não querer acreditar na perda, buscam mecanismos de fuga da dor. Muitas tentam manter a rotina e preferem não falar sobre o assunto. Focam a ideia do “logo vai passar”.

Segunda fase – raiva: contato com a dor, mas de uma forma inconformada. Surgem pensamentos como: “eu deveria ter dado mais valor enquanto ela(e) estava viva(o)” ou “com tantas pessoas ruins no mundo, por que logo ele(a) tinha que morrer?” Nessa etapa, muitas pessoas se afastam de sua fé. Revoltam-se. Sentem-se abandonadas.

Terceira fase – negociação: fase em que as pessoas começam a procurar alternativas para fugir do luto. Muitas retomam a fé, outras passam a buscar ela pela primeira vez. As promessas também surgem: “vou me tornar uma pessoa melhor”, “vou ajudar os outros”. Acreditam que, se mudarem a sua forma de ser e de agir, a dor passará.

Quarta fase – depressão: as pessoas se isolam e percebem que a dor terá que ser enfrentada. Surgem pensamentos como: “nunca mais serei feliz”, “esse sofrimento será eterno.” Nessa etapa, os familiares e amigos precisam dar suporte, pois a dor é aguda!

Quinta fase – aceitação: essa é a última etapa do luto, quando as pessoas passam a aceitar a realidade e a transformar a dor em saudade.

Vale lembrar que o primeiro ano do luto costuma ser o mais doloroso, pois serão as primeiras celebrações sem a pessoa. Seja generoso consigo mesmo e com as suas dores. Todos perdemos algo ou alguém. Só não podemos nos perder de nós mesmos.

Filmes para refletir o luto

A Despedida

 

Manchester à beira-mar

Direito de amar

*Coluna originalmente publicada na edição #251 da revista TOPVIEW.

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