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Coluna Bem-Estar, março de 2017

Lucas Gennaro é o médico radiologista responsável pelo setor de mamografia do centro de diagnóstico mulher

Entre as mulheres, a mamografia é vista como um exame doloroso e, por isso, muitas têm medo de fazê-lo. E como esse exame é fundamental para o diagnóstico do câncer de mama, qualquer iniciativa que ajude a romper esse mito é bem-vinda.

Inspirada em um trabalho já desenvolvido no Hospital do Câncer de Barretos (SP), o Centro de Diagnóstico Mulher, em Curitiba, conta com uma sala de mamografia humanizada. Com iluminação controlada, sonorização e aromatização do ambiente, telas exibindo alguns vídeos e uma decoração mais acolhedora, a ideia é proporcionar um exame mais agradável e menos estressante à paciente, normalmente apreensiva seja pelo medo de um exame desconfortável, pelo diagnóstico que será feito a partir dele ou pela combinação dos dois fatores.

 

Um exame de qualidade requer, além de tudo, uma grande colaboração da paciente. Por isso, quanto menos tensa ela estiver, melhor. Assim, com a paciente relaxada torna-se possível que a mama seja comprimida da forma mais adequada para o melhor espalhamento dos tecidos. Isso evita exames falsos positivos, minimiza também os falsos negativos, além de reduzir o número de reconvocações desnecessárias.

Fora isso, a equipe do Centro Diagnóstico esclarece a paciente alguns pontos importantes e polêmicos relacionados à mamografia, como, por exemplo, o uso de protetor de tireoide durante a realização do exame mamográfico. Com isso, procura-se estabelecer uma relação de confiança entre o tecnólogo que realizará o exame e a paciente, para que o resultado final seja um exame de boa qualidade e sem traumas.

Realizar a mamografia com frequência é primordial para identificar o câncer de mama em estágio inicial, tornando-o assim uma doença tratável na grande maioria dos casos. Em colaboração para que o diagnóstico precoce torne-se cada vez mais acessível, o Centro de Diagnóstico Mulher oferece, em parceria com as ONGs Instituto Humanista de Desenvolvimento Social (Humsol) e Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, uma cota anual de exames gratuitos.

*Matéria publicada originalmente na edição 197 da revista TOPVIEW. 

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