As principais doenças do coração
1. Como estão os números de mortalidade relacionados às doenças do coração no Brasil?
Em todo o mundo, cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a situação não é diferente. A média anual chega a 350 mil pacientes, o que corresponde aproximadamente a uma vida perdida a cada minuto; a duas vezes mais às mortes decorrentes de câncer e a seis vezes mais do que as provocadas por todas as infecções no país. Entre janeiro e setembro deste ano, 240 mil pacientes faleceram por problemas cardiovasculares.
2. Quais são as doenças do coração mais frequentes?
Dentre as doenças cardiovasculares, a mais comum é a hipertensão arterial, atingido cerca de 35% da população, seguido do infarto do miocárdio. Uma importante enfermidade que vem aumentando a sua incidência é a insuficiência cardíaca. Esta enfermidade manifesta-se com falta de ar e cansaço e acaba por limitar a qualidade de vida dos pacientes.
3. Há uma faixa etária mais “perigosa”?
A faixa etária mais acometida por doenças cardiovasculares é após os 60 anos. Entretanto, nota-se nos últimos anos um aumento das manifestações clínicas em pacientes progressivamente mais jovens.
4. Qual a hora certa para cuidar do coração? E de que forma?
A melhor maneira de cuidar do coração é a prevenção. Alguns estudos sugerem que já na infância existam fatores desencadeantes que podem prejudicar o músculo. Desta forma, o ideal é a atenção com a prevenção durante toda a vida, principalmente naqueles pacientes com histórico familiar positivo para doenças cardiovasculares, pois aí sim o risco é bem aumentado.
5. Quais as recomendações que o senhor dá para pacientes?
Praticar atividades físicas; ter uma alimentação balanceada; controlar o colesterol, a pressão arterial e o diabetes; evitar fumar; consumir moderadamente álcool e sal e usar corretamente a medicação indicada pelo médico, quando for o caso. Esses são exemplos do que deve ser feito para evitar doenças arteriais coronárias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outros problemas. Ultimamente o estresse tem se tornado um importante vilão nesse processo, inclusive entre os jovens, pois a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol aumentam a pressão arterial e os batimentos cardíacos, podendo provocar um infarto.
*Originalmente publicada na dição 208 da revista TOPVIEW.