A vez delas
O movimento das mulheres tem ganhado força em diversas áreas – no agronegócio não é diferente. Elas comandam 30% das propriedades rurais em território nacional, segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). O número é três vezes maior do que o registrado em 2013.
“O agronegócio sempre foi um ambiente muito masculino, porém este cenário vem mudando fortemente nos últimos quatro anos com a maior participação e visibilidade da mulher”, observa Vanessa Sabioni, fundadora do portal AgroMulher.
A plataforma foi uma das primeiras a levar a discussão para as mídias sociais e, hoje, conta com uma comunidade com mais de 85 mil seguidores. Em 2020, os eventos digitais e programas de capacitação tiveram mais de 60 mil inscritos e alcançaram mais de 2.3 milhões de pessoas.
“A sociedade está percebendo a importância da mulher no setor, elas compram, vendem, negociam, trabalham, produzem, elas estão em todos os lugares – e têm uma força muito grande. É importante que a gente entenda essa ascensão e promova um ecossistema mais igualitário, em que homens e mulheres trabalhem juntos”, reflete. Vanessa ainda aponta que, em geral, elas tendem a assumir cargos em áreas de gestão, enquanto os homens têm atuado em áreas técnicas.
“Se a gente tem o agro representando 25% do PIB do Brasil, em média, esse 30% [de mulheres] representa 8% do PIB nacional, o que significa que as mulheres do agro são extremamente importantes para a economia brasileira – sem contar as que estão em outras áreas.”
*Matéria originalmente publicada na edição #248 da revista TOPVIEW.