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Vacina, Senado e as novidades políticas

Confira a coluna de Marc Sousa na edição 245 da revista

Reféns da CoronaVac

Prefeitos paranaenses se queixam, reservadamente, da postura de João Dória (PSDB). Vários dizem que fecharam protocolos de compras da CoronaVac
por pressão do governador paulista, que chega a ligar pessoalmente oferecendo o imunizante. Além disso, ele faz pressão com posts em redes sociais e usa estratégia de mídia afirmando que as cidades podem ficar sem vacinas se não comprarem de São Paulo. A campanha do tucano fez com que as principais cidades do estado virassem clientes da “Vacina do Brasil”, como Dória rebatizou a vacina chinesa.

Sonho com “S” de Senado

(Foto: Agência Senado | Arnaldo Alves)

As próximas eleições ocorrem só no ano que vem, mas a classe política do Paraná já está ouriçada com a sucessão da cadeira do Senado. Sem oposição, Ratinho Júnior (PSD) deve ter tranquilidade na reeleição. Por isso, a vaga na chapa dele em 2022 é muito cobiçada. Na lista de pretendentes ao apoio do governador, há prefeitos e ex-prefeitos de cidades importantes, deputados federais e estaduais e secretários de Estado. O problema é que ninguém perguntou se o atual dono do posto, Álvaro Dias, vai se aposentar.

De volta para o plenário

Depois de um ano de sessões virtuais, os deputados paranaenses finalmente vão retomar as atividades presenciais em fevereiro. Muitos reclamam que a casa sofreu um “apagão democrático”, pois a falta de convivência física dificulta as discussões.

Ligação cara

O paranaense Zeca Dirceu (PT) foi o segundo deputado que mais gastou com telefonia em 2020. Segundo o Portal da Transparência, os telefonemas dele custaram R$ 45 mil aos contribuintes. Ele só ficou atrás do também petista Dionilso Marcon.

A lenda da ponte de Guaratuba

(Foto: Arnaldo Alves/ANPr)

A Assembleia Legislativa alterou a Constituição do Paraná e abriu caminho para o financiamento da construção da ponte de Guaratuba. Antes, a lei previa apenas o formato de cobrança de pedágio. Agora, os deputados deram ao governo estadual liberdade para escolher como pagar a obra. Apesar do avanço do lado financeiro, o projeto continua a passos lentos, graças a uma ação do Ministério Público que pediu a separação dos estudos ambientais e técnicos e atrasou ainda mais o processo.

Museu de novidades

(Foto: CMC e Arquivo)
(Foto: CMC e Arquivo)

O Partido NOVO, que promete no discurso romper com a velha política, recorreu ao antigo acordão para garantir espaço na mesa da Câmara de Curitiba. Atrás do cargo de Corregedor da casa, as duas vereadoras da legenda se esqueceram das críticas que o guru dos “novistas”, João Amoêdo, faz ao lulismo e ao bolsonarismo e se integraram em uma coalizão com o PT e o PSL. Alegaram que era melhor isso do que ficar de fora do processo. O NOVO começa velho na capital paranaense.

O custo do pedágio

(Foto: Arquivo ANPr)

Há dez meses do fim dos contratos, as concessionárias de pedágio do Paraná ainda precisam entregar um total de 119 quilômetros de obras atrasadas até novembro. Também existem 16 intervenções estruturais, como a construção de trevos e interseções, em que o prazo estipulado na licitação já estourou. O levantamento é do deputado estadual Homero Marchese (PROS), que percorreu todas as estradas pedagiadas do Paraná.

*Coluna originalmente publicada na edição #245 da revista TOPVIEW.

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