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Artigo: queda da taxa Selic e as oportunidades para o mercado imobiliário

As notícias mais recentes são boas para compradores de imóvel. O setor imobiliário é um dos mais impactados positivamente com a queda das taxas de juros

A retomada econômica é esperada há algum tempo pelos brasileiros. Elevadas taxas de desemprego observadas nos últimos anos, economia crescendo em níveis pífios e repetidas previsões de crescimento frustradas, fizeram até o mais otimista jogar a toalha. Entretanto, uma análise mais criteriosa dos ‘indicadores invisíveis’ da economia aponta para uma melhora dos fundamentos. Famílias têm diminuído seus níveis de endividamento e investimentos têm crescido de forma consistente nos últimos dois anos, à exceção do setor de construção – o motor de crescimento da economia!

As notícias mais recentes são boas para compradores de imóvel. O setor imobiliário é um dos mais impactados positivamente com a queda das taxas de juros. Em primeiro lugar, porque as baixas taxas barateiam o custo de aquisição de imóveis através de financiamentos imobiliários para quem busca imóveis para morar mas não tem o capital para comprar à vista. Além desses, as baixas taxas na economia direcionam o olhar do investidor para esse mercado e suas atraentes possibilidades de ganho rápido, em virtude dos preços depreciados em função da crise dos últimos anos. Com a queda de juros SELIC o investidor com perfil mais rentista precisa sair da zona de conforto de ser credor do Tesouro e buscar em ativos reais os retornos que deixou de auferir no novo Brasil de juros reais nos patamares atuais.

Por último, não devemos ignorar aqueles investidores que sempre estiveram acostumados com os ganhos fáceis propiciados pelos papéis de renda fixa do passado. O mercado de investimentos brasileiro vem passando por uma disrupção causada por mudanças estruturais e tecnológicas: Selic e inflação atingindo mínimas históricas, fintechs transformando o mercado financeiro e dando acesso àqueles excluídos do mercado bancário, plataformas de empréstimo peer-to-peer barateando ainda mais os custos de pegar dinheiro emprestado.

Sinais dessa mudança já podem ser vistos por aqueles com olhar atento – seja nas páginas de jornal mais recheadas de lançamentos imobiliários, nas ruas com aumento dos canteiros de obra e na retomada dos preços de aluguel.

* Artigo escrito por Henrique Blecher.

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