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Médico nefrologista analisa a situação vivida pelos brasileiros diante da Covid-19

Formado há 27 anos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Renato Almeida trilha a Medicina com brilho. Com especialização em Nefrologia, trabalha há 22 anos no Hospital de Clínicas da UFPR, no qual atua também na ala de hemodiálise. Referência na área, Renato Almeida conjuga o talento dos pais, o lendário Felix do Rego Almeida, que, igualmente como apóstolo da saúde, marcou longos anos somando missão médica na Santa Casa de Misericórdia e, na mesma direção, Nely Almeida, que impregnou com brilho imorredouro sua longa passagem, de seis mandatos, na Câmara de Curitiba.

Sobre o momento de pandemia, Renato Almeida responde à TOPVIEW:
Como você pontua o atual comportamento dos brasileiros perante a pandemia?
Acho que os brasileiros se comportaram bem – em geral, mantiveram-se afastados, com máscara, se cuidando.
No entanto, milhões de brasileiros têm que tomar a difícil decisão de se arriscarem a sair para se manterem economicamente ativos.

Os avanços tecnológicos acontecem na medicina o tempo todo. Na sua opinião, o que podemos esperar para os próximo anos?
Tenho lido muito sobre os novos tratamentos e vacinas que estão surgindo por conta do entendimento  da estrutura genética dos vírus e bactérias e como eles influenciam nosso sistema imunológico a nível celular. Nesse ponto, a combinação de pesquisas em muitas universidades, institutos e empresas americanas de biotecnologia é absolutamente impressionante – tenho acompanhado empresas que estão desenvolvendo
uma só vacina para múltiplos tipos de vírus. É fascinante ver que, apesar das reações do governo americano à pandemia terem sido desastrosas, suas instituições continuam trabalhando rapidamente para dar uma solução ao mundo.

Como ficou sua rotina de trabalho e vida pessoal desde o início da quarentena?
No meu caso, a rotina não mudou – meus pacientes precisam de cuidados médicos constantes. Assim, continuo a sair para trabalhar. Contudo, reduzimos nossa vida social, os encontros. Minha mulher e meus filhos estão
em casa – meu mais velho está na escola, em educação a distância. E assim vamos levando.

Quais foram suas contribuições diante desse momento?
Creio que contribuo por manter minha rotina hospitalar e por continuar a atender meus pacientes, que exigem cuidados especiais e contínuos. Tenho muito o que agradecer à equipe de enfermagem, que vem, bravamente, trabalhando e enfrentando essa crise comigo e com meus colegas de trabalho.

Uma mensagem aos leitores da TOPVIEW?
Por favor, lavem as mãos!

*Coluna originalmente publicada na edição #237 da revista TOPVIEW.

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