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Prêmio Personalidades TOPVIEW: Educador: Educação Inclusiva do Ano

Repensando conceitos, fazendo a diferença e inspirando todos nós

DIELE PEDROZO SANTO (VENCEDORA)
Coord. e Ideal. do Projeto Ver Com as Mãos

Uma sessão de cinema ou uma visita ao museu acontece de forma diferente para uma pessoa cega ou com baixa visão. Enquanto o público em geral é dominado por cores, desenhos e linhas, para quem tem dificuldades de enxergar, a arte exige uma outra conotação e uma nova leitura. Foi essa a constatação de Diele Pedrozo Santo quando ainda era acadêmica de educação artística, em 2005, e esteve no Instituto Paranaense de Cegos (IPC), em Curitiba, pela primeira vez.

Diele fala que, ao conhecer os alunos, deparou-se com um mundo de possibilidades. “Me dei conta de que a falta da visão era apenas um detalhe diante de tantas outras coisas que eles eram capazes de fazer. Percebi uma realidade muito diferente daquela que construímos em nosso imaginário quando pensamos em deficiência”, explica a professora, que desde então se dedicou a pesquisas sobre o assunto. Um dos resultados é o Projeto Ver Com as Mãos, que tem como objetivo incluir pessoas com deficiência visual em atividades artístico-culturais.

Muito mais do que ser apenas uma professora em sala de aula, Diele afirma que, com os alunos, aprendeu tudo o que sabe sobre a arte de ensinar. “Juntos, criamos uma maneira de aprender que independe da visão, mostrando que compreender a arte vai além de enxergar”, destaca ela, que é mestre em Artes Visuais e professora de Arte no IPC desde 2006, além de ser responsável pelo Programa de Comunicação e Cultura do instituto. Hoje, a iniciativa conta com diversos parceiros, apoiadores e voluntários e foi contemplada no edital Criança Esperança/UNESCO, nos anos de 2012 e 2015, e financiada pelo Instituto HSBC Solidariedade, em 2013 e 2014.

ELIANA PATRÍCIA PEREIRA (FINALISTA)
Professora e Responsável pelo Projeto Ampliar

Eliana Patrícia poderia ser apenas mais uma professora de Educação Física que incentiva atletas a conseguirem o máximo de performance. Mas, a partir de sua experiência pessoal no atendimento a pessoas com deficiência, percebeu a importância do esporte para a saúde e a sociabilização desses alunos. Assim, surgiu o Projeto Ampliar, do Unibrasil, que tem como objetivo trabalhar com pessoas com deficiência no ambiente aquático e, aliado a isso, oferecer aos acadêmicos do curso de Educação Física a qualificação teórica e prática para trabalhar com esse público. “Construí minha trajetória profissional pensando em querer fazer diferente. Em aceitar os desafios e lutar por uma vida melhor, com mais tolerância e igualdade”, destaca Eliana.

O terceiro finalista não autorizou sua participação no prêmio.

Nesta categoria, não houve mais profissionais citados pelos jurados.

 

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