Saiba quem são os paranaenses que dialogam com Jair Bolsonaro
A eleição de Jair Bolsonaro desmontou a conhecida teia de interlocutores da política tradicional, mas isso não significa que tenha mudado a forma (e o atalho) para se ter acesso ao mandatário do poder. Conseguir um espaço na agenda do presidente da República depende, em boa parte, daquele que, pela proximidade com o chefe de Estado, consegue facilitar “a entrada” junto ao poder. No Paraná, há alguns nomes que podem fazer desse caminho um trajeto menos pedregoso.
O ficha 1
O principal paranaense na relação com o Palácio do Planalto é Ratinho Junior. Bolsonaro, a este colunista, ainda na pré-campanha, disse que preferia a eleição de Junior à de Cida Borghetti no Paraná, não por qualquer motivo pessoal contra ela, mas pela divergência cultivada em diferentes mandatos na Câmara Federal com o ex-colega Ricardo Barros. Ademais, a família Massa está próxima da presidência também pelo fato de o apresentador Ratinho, na reta final do segundo turno, ter aberto o voto em Bolsonaro.
Na Câmara
O deputado federal Paulo Martins (PSC) é figura próxima ao presidente. Aliados de longa data, jamais houve desentendimentos de fundo na relação entre os dois. Ideologicamente alinhados, embora em partidos diferentes, Paulinho, como é chamado também por Bolsonaro, ocupará não apenas a liderança de sua legenda na Casa de Leis como também, inevitavelmente, responderá pela defesa das teses do governo. É “o cara”.
No Senado
Dos três senadores do Paraná, apenas Oriovisto Guimarães tem possibilidade de um bom caminho com o novo presidente. Alvaro Dias, na campanha presidencial, escolheu atacar de forma virulenta o adversário e a ponte ruiu. Flavio Arns, por sua posição de centro-esquerda, deve ser figura neutra nesse início de administração federal.
Quem mais?
Pela proximidade com o novo Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o ex-deputado Abelardo Lupion estará, de uma forma ou de outra, próximo ao núcleo duro do poder.
E quem não?
O deputado estadual Fernando Francischini, não obstante se venda como amigo íntimo e inseparável do presidente, perdeu a confiança do capitão. O comportamento de Francischini na disputa local, o vaivém de posições, o desgaste com a candidatura de Ogier Buchi, que acabou rejeitada pelo TSE, e a ânsia de mando no PSL são o motivo para a queda de prestígio. O fato é que o deputado não é mais o homem do presidente no Paraná – e o mundo político sabe disso.
Reflexo
A perda de terreno de Francischini com Bolsonaro o enfraquece na aventada possibilidade de disputa do comando da Assembleia Legislativa. Embora tenha sido o deputado mais votado do estado, a eleição da mesa diretora da Casa responde a outros critérios que não o eleitoral. O atual presidente, Ademar Traiano, fosse hoje a votação, ganharia com facilidade.
Festas
Este colunista deseja a todos os leitores da TOPVIEW um ano cheio de boas notícias. A gente se vê em 2019. Até lá.