O poder da essência feminina
Cida Borghetti olha para o futuro político e do estado. A primeira mulher a governar o Paraná tem longa experiência: foi deputada estadual, deputada federal e vice-governadora até chegar, de forma inédita, ao posto mais alto do executivo regional. Em entrevista exclusiva para esta coluna, Cida confirmou, em primeira mão, a intenção de se tornar pré-candidata ao governo do Paraná nas eleições de 2026 e também falou sobre a superação de obstáculos e a potência das mulheres na vida e na política.
A senhora será candidata às eleições de 2026?
O Partido Progressistas é o que mais cresce no Brasil. Nas últimas reuniões, foi autorizado (pela direção nacional) levar meu nome como pré-candidata ao governo do Estado. Então, foi autorizado sim pelo partido.
O que deveria ser aprimorado pela próxima gestão no governo do Paraná?
O estado nunca está pronto. Nós, paranaenses, somos extremamente exigentes, nossa sociedade civil é muito organizada, somos um povo trabalhador, queremos estar entre os melhores e só tivemos bons gestores. O governador Ratinho Jr. tem aprovação espetacular e já mostrou que é um excelente gestor. Penso que nós temos que ter metas como inteligência artificial. Estamos perseguindo a modernidade, que é inevitável, investir nas universidades e escolas técnicas, capacitando estudantes para entrar nesse mercado.
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Como foi ocupar o posto mais importante do Paraná?
Quero relembrar aqui a trajetória como deputada estadual por oito anos, deputada federal, vice-governadora e primeira mulher, em toda a história do Paraná, a assumir uma cadeira como governadora. É uma honra muito grande. Foi um momento muito importante para a participação efetiva da mulher nas políticas públicas brasileiras. Inclusive, porque poucas mulheres chegaram a ter a posição de líderes dos seus estados.
Qual é o desafio de ser uma mulher protagonista na política?
Não é só no mundo político. Temos poucas mulheres protagonistas em todas as áreas. É difícil, mas uma coisa que a gente não pode perder é a essência da mulher. Nós nascemos mulheres guerreiras, fortes e empreendedoras e saímos de casa todos os dias carregando a nossa casa nas costas, porque você não deixa a peteca cair. Não importa se você é governadora, presidente da república, primeira-ministra, rainha da Inglaterra. A mulher é a maioria do eleitorado e a mãe da outra parte. Então, na verdade, é 100%! A mulher está inserida, ela tem poder de decisão, mas, muitas vezes, vai se acuando e dando passos para trás. Não é fácil persistir. Já me deparei com inúmeras situações e falavam: “Você não vai desistir?” Eu nunca desisti. Eu não vou desistir! Não tem renúncia na minha história.
*Matéria originalmente publicada na edição #300 da TOPVIEW.