Luxo: ostentação ou impulso econômico?
Os críticos questionam se a exclusividade e os altos preços dos produtos de luxo, que simbolizam status e poder, poderiam perpetuar desigualdades. Há também preocupações trabalhistas e ambientais, como salários baixos e a degradação causada pela extração de matérias-primas raras, além da pegada de carbono gerada pelo transporte global. No entanto, muitas marcas enfrentam essas questões por meio de programas de ESG.
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Apesar das críticas, o mercado de luxo tem um papel crucial na economia. Ele não só contribui significativamente para o PIB como, também, estimula a criação de empregos, fomenta a inovação e eleva os padrões de qualidade, impactando positivamente o turismo e o desenvolvimento regional.
Dados de 2022 da Bain & Company mostram que o mercado global de bens de luxo pessoais movimentou € 353 bilhões em 2021.
A indústria do luxo é intensiva em mão de obra e cria milhares de empregos diretos e indiretos. No Brasil, a ABRAEL estima que o setor gere cerca de 500 mil empregos. O mercado de luxo também impulsiona a inovação, com empresas investindo em pesquisa e desenvolvimento para criar produtos de alta qualidade. Em 2020, o Boston Consulting Group apontou que o setor é responsável por 25% das patentes registradas em moda e acessórios. O turismo de luxo é outro ponto forte, representando 20% das receitas totais do turismo global, segundo a Organização Mundial do Turismo. Além dos já conhecidos destinos como Paris e Dubai, outros exemplos, como Ruanda e Bali, mostram como o setor pode impulsionar o desenvolvimento e combater a pobreza. Fato é que o mercado de luxo tem sido em muitos lugares um motor de desenvolvimento econômico.
Para o Brasil – e o próprio Paraná em particular –, abraçar o mercado de luxo pode ser uma estratégia eficaz para promover o crescimento econômico e elevar a qualidade de vida da população.
*Matéria originalmente publicada na edição #291 da TOPVIEW
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