PODER POLíTICA & ECONOMIA

Eleições 2022, dicotomia na câmara e bate-chapa na ACP

ELEIÇÕES 2022

MORO EMBARALHA O CENÁRIO

(Foto: divulgação)

A decisão da Justiça que negou o pedido de Sérgio Moro (UB) de mudar o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo mexeu com o jogo político nativo. De volta ao estado, o partido dele, União Brasil, diz oficialmente que ainda vai discutir com o ex-juiz qual caminho será tomado. Nos bastidores, Moro tem dito a pessoas mais próximas que quer concorrer ao Senado. Diante disso, Álvaro Dias, padrinho político do ex-ministro – e que até então liderava as pesquisas –, deve rever o que vai fazer. Muitos apostam que Dias pode desistir da reeleição. Caciques do UB também dizem que uma opção de Moro pode ser o governo do Estado, o que forçaria um segundo turno com Ratinho Júnior (PSD). O presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, garante que o ex-homem forte da Lava Jato pode escolher o que vai disputar e não descarta intervenção do diretório nacional no Paraná, caso seja necessário.

DISPUTA

BATE-CHAPA NA ACP

(Foto: divulgação)

A disputa pelo comando da Associação Comercial do Paraná (ACP) está pegando fogo. Depois de décadas de eleições tranquilas, com chapas únicas, a oposição, organizada por vários ex-presidentes, uniu-se em torno do advogado e empresário José Eduardo Sarmento (foto). Já o grupo que comanda a entidade atualmente aposta no atual vice-presidente da entidade, Gilberto Degeroni. O pleito será só em novembro, mas o debate já está quente.

DICOTOMIA NA CÂMARA

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

(Foto: divulgação)

Chama atenção como os casos de cassação na Câmara de Curitiba são tratados de maneiras bem distintas. O conservador Éder Borges (PP), que foi condenado judicialmente por uma postagem nas redes sociais criticando sindicalistas, teve o processo analisado e julgado em menos de uma semana. Já o vereador de esquerda Renato Freitas (PT), que invadiu uma igreja, levou cinco meses para ter o seu julgamento. O petista foi beneficiado com um processo cheio de idas e vindas.

POSITIVO

O reconhecimento do Paraná como área livre da febre aftosa turbinou os investimentos na área de proteínas animais. Cerca de 30 frigoríficos anunciaram R$ 6,6 bilhões na instalação ou ampliação de unidades fabris. Isso deverá gerar 14 mil empregos diretos.

NEGATIVO

O Governo do Paraná estima perder mais de R$ 6 bilhões em arrecadação com o novo teto do ICMS que entrou em vigor. Até o fim do ano, a alíquota do imposto sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo não pode passar de 18%.

*Matéria originalmente publicada na edição #263 da revista TOPVIEW.

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