Muito mais que do que influenciar
Para falar de gestão e carreira, minha convidada dessa edição é Thaíse Coraiola, formada em Direito pela UFPR, comunicadora e produtora de conteúdo digital. Fala com muito bom humor com os seus seguidores, compartilhando em suas redes sociais experiências sobre bem-estar, moda, viver e o maternar.
Apesar de glamourizada, a profissão de comunicador digital – é um trabalho, sim – e exige muito mais do que challenges e boas fotos, afinal, a disputa por atenção é cada vez maior – atualmente, apenas no Brasil, são enviados mais de 2 milhões de posts no Instagram por dia. A partir de sua experiência, Thaíse conta o que está por trás da carreira de influenciador/comunicador e dos negócios digitais.
Thaíse, poderia explicar o job description da profissão de influenciador?
Uma das maiores dificuldades dessa profissão – e acredito que de todas as novas profissões do mercado – é exatamente essa, o job description. Mas eu diria que minha função primordial é comunicar.
Quais são os maiores mitos e desafios dessa carreira?
Com certeza, o maior mito é a glamourização da profissão. Por ser um trabalho muito ligado à imagem, tem-se a impressão que todos vivem um mar de rosas e que a vida é gravar “recebidos” e mostrar “futilidades”. E a maior dificuldade para mim é manter a criatividade sempre aguçada. Não parar de criar nunca. Outro ponto difícil é saber exatamente o que é interessante e até onde eu quero mostrar a minha vida.
Influenciar é um objetivo ou uma consequência?
Com certeza absoluta, uma consequência. Ninguém nasce influenciador, é uma construção. Inclusive, sempre que posso, destaco o quanto não gosto do nome da nossa profissão. A função nunca é influenciar, mas sim, comunicar.
Como você conseguiu se destacar nessa profissão?
Acredito que o profissionalismo seja um grande diferencial do meu trabalho – não o vejo como hobby, sou super formalista. Faço contrato, escrevo meus roteiros de forma muito organizada e, sempre que posso, mostro isso em minhas redes.
Qual é a sua missão como influenciadora / comunicadora?
Acredito que minha missão seja trazer a moda de forma mais simples e gostosa. Vestir-se pode ser algo muito prazeroso – e quero tirar o estigma de que moda é futilidade.
*Matéria originalmente publicada na edição #256 da revista TOPVIEW.