Embaixadora business woman: Cintia Malaquias, agosto de 2018
O empresário Waldomiro Favero Netto, 50, é “o cara” quando falamos em distribuição de bebidas. Em 1994, em Maringá, ele identificou a oportunidade de mercado de vender bebidas quentes quando as cervejarias foram proibidas de vender esse tipo de produto. De lá para cá, a empresa familiar só cresceu e a marca Adega Brasil domina o mercado no Paraná. Agora, Waldomiro está por trás da Mega Brasil também. Muito admirado em seu meio, Waldomiro é, na minha opinião, duro na queda, e também um homem super bem humorado, daqueles que os amigos amam estar ao lado! Sempre me chamou muito atenção o modo com que ele leva seus negócios e é um prazer inaugurar minha coluna falando sobre sua trajetória.
Waldomiro, como a Adega Brasil começou?
Sou formado em administração de empresas pela Universidade Estadual de Maringá. Aos 18 anos, comecei a trabalhar como balconista no Atacadão, uma empresa de secos e molhados em Maringá. Logo me identifiquei com o comércio, com atenção especial pelas bebidas. Essa experiência foi fundamental para a minha vida, pois aprendi a negociar e fiz amizades com clientes, muitas mantenho até hoje. Foram eles que me incentivaram a tomar decisões importantes, como me tornar um empreendedor, pois mostraram a necessidade de lojas especializadas no segmento que eu mais entendia, a bebida. Assim, em 1994 tomei a primeira decisão profissional de minha vida: me tornei um microempresário e, com a participação da minha família, fundamos a Adega Brasil, objetivando atender não só o varejo, mas bares e restaurantes da cidade.
E em que momento a marca veio à Curitiba?
Em 2000, tomei minha segunda grande decisão. Recém-casado e com o apoio da Alessandra – minha esposa, mãe dos meus três lindos filhos – vim para Curitiba, deixando meus sócios na administração da matriz. Abrimos uma filial e ampliamos nossos horizontes. Com muito trabalho e dedicação, sempre com a ajuda de profissionais competentes, conseguimos nos tornar conhecidos na capital paranaense. Hoje possuímos cinco lojas, sempre com o intuito de bem atender o nosso principal patrimônio, o nosso cliente.
Quais os planos para o futuro da marca Adega Brasil? A ideia é investir mais fortemente na parte de alimentação?
Em 2016, veio a terceira grande decisão, quando novamente observamos uma carência no mercado. Decidimos acrescentar o ramo de alimentos ao de bebidas fundando a empresa Mega Brasil Distribuidora – Atacadista de Bebidas e Alimentos. Passamos a ter um mix de mais de 8 mil itens, com cerca de 80 fornecedores. Nossa equipe é formada por 140 colaboradores diretos, 50 indiretos e mais de sei mil clientes ativos, entre bares, restaurantes, hotéis, lojas de conveniências, supermercados etc. Temos como compromisso para com nosso cliente a entrega de produtos em todo o estado no prazo máximo 48 hrs.
E ao longo desses anos, como lidou com as dificuldades que apareceram?
Como todos sabem, não é fácil a vida de empresário no Brasil. Altíssima carga tributária, leis trabalhistas, mudanças de governos e planos econômicos. Porém não deixa de ser um país de oportunidades. “Temos que estar sempre ajustando as velas conforme o vento.”
E qual a sua receita para driblar as crises?
Saber a hora de acelerar e recuar, porém nunca desistir. Temos que estar sempre atentos às oportunidades, a crise as trazem com frequência. Temos que estar preparados. Sou brasileiro e acredito muito no nosso País, tenho a certeza de um futuro promissor. Só tenho que agradecer a Deus e a todos que estiveram a meu lado, pois se hoje posso me orgulhar de possuir uma história, não a escrevi sozinho.
Três lições de negócios que aprendi com Waldomiro:
1- Estar atento às novas oportunidades de negócio;
2- Agir no momento certo;
3- Respeito e reconhecimento pelos parceiros e colaboradores.
*Coluna originalmente publicada na edição 214 da revista TOPVIEW