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Sucessão familiar: as lições do caso Dior para a sua empresa

Nos últimos meses, movimentos que sinalizam para um processo de sucessão familiar no grupo LVMH, um dos maiores grupos de marcas de luxo do mundo, mexeu com o mercado financeiro. Mas, em casos de sucessão em qualquer empresa, o impacto pode ser diferente. Uma política de governança forte e com planejamento estruturado é fundamental para que os processos de transição sejam harmoniosos e a sucessão impacte minimamente no valor de mercado da empresa e a mesma permaneça em rota de crescimento.

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Recentemente, o grupo de luxo Dior anunciou o início do processo de sucessão do conglomerado LVMH. O filho mais velho do presidente Bernard Arnault, Antoine Arnault, foi nomeado presidente-executivo da Christian Dior. A Christian Dior está listada na bolsa de valores, é a empresa que detém a maioria da participação da família Arnault na LVMH, o maior grupo de luxo do mundo. Todos os filhos do executivo já ocupam altos cargos na LVMH.

O grupo está por trás das casas de moda Louis Vuitton, Christian Dior e também de dezenas de outras marcas que variam de champanhe a hotéis cinco estrelas. A nomeação de Arnault segue uma mudança recente na estrutura legal do investimento da família para garantir o controle de longo prazo da LVMH, com a holding Agache, que tem ações da Christian Dior, tornando-se uma sociedade por ações. A marca foi incorporada ao grupo LVMH em 2017 e agora detém 41% da LVMH, correspondendo a 56% dos direitos de voto no grupo. Bernard Arnault e sua família conquistaram brevemente o título de mais ricos do mundo em 2022, mas voltaram ao segundo lugar, atrás de Elon Musk, com uma fortuna pessoal de 185,3 bilhões de dólares, segundo a Forbes.

Planejamento e política de governança

O CEO da GoNext, Eduardo Valério, afirma que uma política de governança sólida aliada ao planejamento estratégico para os processos de sucessão empresarial são a melhor fórmula para quem quer fugir dos impactos financeiros que esses períodos acarretam em empresas de todos os portes: “Quando a gente fala de sucessão empresarial é importante levar em consideração as diversas variantes que fazem parte do próprio negócio, mas de forma geral as empresas que têm uma política consolidada de governança e que desenharam o processo de sucessão com detalhamento e estratégia são as empresas que acabam gerando impactos financeiros positivos e crescem ainda mais rapidamente após a sucessão”, diz Valério.

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A política de governança passa pela formação de Conselhos Administrativos e Consultivos colegiados e são os Conselhos os principais responsáveis pela credibilidade das empresas independentemente do tamanho delas. Os conselhos mostram para o mercado que a empresa adota boas práticas de Governança. “Por isso é fundamenta formar conselhos com representantes especialistas escolhidos de forma meritocrática para que o crescimento do negócio aconteça independente das mudanças internas estruturais”, conclui Valério.  

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