Sua empresa está preparada para comprar e vender fora do Brasil?
O comércio exterior avança. Mas a esmagadora maioria do comércio, do investimento e de outras interações ainda ocorre dentro — e não entre — nações. Apesar de a balança comercial brasileira ter batido novo recorde em 2023, com superávit de US$ 98,8 bilhões, o volume do nosso comércio exterior ainda se limita a menos de 40% das transações brasileiras.
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Isso significa que temos muito o que crescer, especialmente se considerarmos que o Brasil tem um mercado de cerca de 215 milhões de habitantes – e o mundo, cerca de 9 bilhões. O mercado internacional é, sem dúvida, uma oportunidade gigantesca para expandirmos nossos negócios.
Não desconhecemos que problemas geopolíticos, como as guerras, e sanitários, como as pandemias, atrapalham e geram riscos para o fluxo de informação e capitais. Porém, a maioria dos economistas concorda que, em condições “normais”, e de uma forma bem simplificada, o comércio entre as nações melhora a situação do mundo.
Quando uma empresa ou um indivíduo compra um bem ou serviço mais barato, melhor ou com melhor valor agregado, no estrangeiro, o padrão de vida tende a aumentar em ambos os países.
É claro que essa equação é um exercício delicado de diplomacia e economia, de equilíbrio de balança fiscal, geração de empregos e impostos. Mesmo assim, normalmente, o comprador ganha mais do que o vendedor nacional perde.
Há aspectos importantes a se considerar em uma compra estrangeira. É o caso em que os custos de produção não incluem custos sociais ou ambientais, como a poluição, e o preço não cobrado desequilibra a concorrência saudável. Por isso, regras e acordos comerciais apontam o que é mais importante para as nações ao abrirem os seus mercados.
Uma análise mais aprofundada da forma como as empresas, as pessoas e os Estados interagem mostra um mundo que está apenas começando a perceber o potencial de uma verdadeira interdependência internacional.
A experiência mostra que os episódios de abertura comercial são seguidos de ajustes não só entre indústrias, mas também dentro delas. O aumento da concorrência proveniente de empresas estrangeiras pressiona os lucros, forçando as empresas menos eficientes a contratar, abrindo espaço para empresas mais eficientes. A expansão e novas entradas trazem consigo melhores tecnologias e novas variedades de produtos. Provavelmente, o mais importante é que o comércio permite uma maior seleção de diferentes tipos de bens.
O fato é que a oportunidade de explorar mercados internacionais está aberta para todos. E estamos falando de um comércio global de US$ 32 trilhões neste ano, se as tendências atuais persistirem, conforme dados da Atualização do Comércio Global do Escritório da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
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*Matéria originalmente publicada na edição #294 da TOPVIEW