Saiba quem são os herdeiros da fortuna de US$ 12 bilhões de Giorgio Armani
Com a morte de Giorgio Armani, aos 91 anos, nesta quinta-feira (4), em Milão, a atenção se volta ao futuro de sua fortuna, avaliada em US$ 12,1 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões), sendo a 234º maior fortuna segundo a Forbes. O estilista, que construiu um dos maiores impérios da moda ao longo de cinco décadas, não teve filhos e preparou cuidadosamente um plano de sucessão para evitar disputas e preservar a independência da marca.
Quem são os herdeiros de Giorgio Armani
Sem descendentes diretos, Armani estruturou sua sucessão para contemplar familiares próximos e colaboradores de confiança:
- Rosanna Armani – irmã mais nova;
- Silvana e Roberta Armani – sobrinhas já integradas à gestão da grife;
- Andrea Camerana – sobrinho e executivo ligado à companhia;
- Pantaleo “Leo” Dell’Orco – parceiro pessoal e braço direito há mais de 60 anos, considerado peça-chave na continuidade criativa e administrativa.
Fundação Giorgio Armani: pilar da independência
Parte significativa do capital do grupo já está sob controle da Fundação Giorgio Armani, criada em 2016 com o objetivo de proteger a identidade da empresa e impedir sua absorção por conglomerados internacionais de luxo. Os estatutos da fundação também definem regras para a divisão de poder entre familiares e executivos, restringindo a venda de ações a terceiros.
LEIA TAMBÉM: Giorgio Armani morre aos 91 anos
Regras para o futuro
De acordo com documentos internos revelados pelo Financial Times, a governança do império Armani prevê a transição gradual de responsabilidades entre familiares e Dell’Orco.
Também foram confirmadas cláusulas de estabilidade, que proíbem abertura de capital ou fusão por cinco anos após a morte do estilista, além de direitos de voto diferenciados, para evitar disputas societárias.
O império Armani
O grupo, inteiramente controlado por Giorgio Armani até sua morte, vai muito além das passarelas. A marca abrange moda feminina e masculina, perfumes, maquiagem, acessórios, esportes, design de interiores, imóveis, restaurantes e hotéis. Estima-se que o conglomerado fature mais de US$ 4 bilhões anuais, consolidando-se como uma das últimas casas de luxo ainda independentes no mundo.
*Matéria feita sob supervisão da jornalista Ananda Oliveira.