Resolução de problemas com método se tornou uma soft skill valorizada
Resolução de problemas como soft skill: o 1º de Maio costuma ser marcado por discursos, homenagens e promessas. Mas para boa parte dos trabalhadores brasileiros, a data é também um lembrete de pressões cotidianas: sempre há uma entrega fora do prazo, um retrabalho constante, um processo com gargalo ou uma insatisfação do cliente que ninguém consegue resolver de forma concreta e definitiva.Nesse cenário, cresce o espaço para quem não apenas identifica falhas, mas entende as causas, estrutura soluções e garante que os resultados sejam sustentáveis.
Esse tipo de profissional — com raciocínio organizado, foco em dados e visão de processos — tem sido cada vez mais disputado, especialmente em setores como indústria, serviços, saúde e logística. Segundo o relatório Future of Jobs 2025, do Fórum Econômico Mundial, o pensamento analítico lidera o ranking das habilidades mais importantes até o fim da década. Outras competências destacadas são criatividade, adaptabilidade, autoconhecimento e capacidade de tomar decisões baseadas em dados.
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A rotina nas empresas está mais intensa. As equipes diminuíram, os prazos encurtaram e a cobrança por resultados aumentou. Ideias, por si só, não bastam. O mercado quer profissionais que saibam como colocar essas ideias em prática e medir esse resultado.
Esse movimento tem impulsionado o interesse por formações voltadas à melhoria contínua, como as metodologias Lean e Six Sigma. Criadas na indústria, essas abordagens atualmente são aplicadas em áreas tão diversas quanto atendimento, marketing, saúde e setor público.
Como aplicar a resolução de problemas com método
Para Vânia Batista, especialista em melhoria contínua e fundadora do Gemba Group, o principal valor dessas metodologias está na organização do raciocínio. “Elas tiram o profissional do improviso, pois capacitam-no para analisar o problema com profundidade, envolver as pessoas certas e priorizar ações e decisões que realmente fazem a diferença. Com isso, resolvem problemas de forma definitiva e garantem mais resultados”, afirma.
Melhoria contínua não é sobre máquinas, e sim sobre processos. E processos existem em todos os lugares, seja em uma central de atendimento, em um hospital, ou em um time de Recursos Humanos. Sempre que há rotinas caóticas, retrabalho ou decisões mal fundamentadas, há espaço para aplicar as ferramentas Lean e Six Sigma. Afinal, elas se conectam com várias das habilidades consideradas essenciais para o futuro do trabalho.
“Temos centenas de cases de nossos alunos que representam profissionais de empresas de todos os portes e setores. Inclusive, recentemente, um de nossos alunos certificou um projeto com ganho de 3.8 milhões de reais de ganhos em redução de custos operacionais em projetos”, afirma Vânia Batista.