Fazendo a roda girar
Quando falamos de economia, um dos dados mais relevantes e que nos dá rapidamente o termômetro do mercado é a geração de empregos. É ele que revela as tendências, auxilia nas previsões econômicas e mostra como os setores estão reagindo.
Em meio a pandemia, a construção civil tem sido um dos grandes —senão o maior— setor para a geração de novos postos de trabalho no Brasil. No que diz respeito ao Paraná, o setor fechou o primeiro trimestre deste ano com 11.603 vagas formais de emprego abertas, segundo dados do CAGED. O desempenho é 125% maior que o mesmo período do ano passado. Isso demonstra a força e o impacto do setor na economia, seja gerando empregos diretos ou indiretos. A construção civil tem capilaridade e volume em obras de infraestrutura, programas habitacionais e empreendimentos comerciais e residenciais de todos os padrões. São milhares de trabalhadores que fazem girar a economia em todo o Paraná.
Basta dar uma volta pela cidade, em bairros como Cabral e Ecoville para perceber empreendimentos, cada vez mais modernos e sustentáveis, surgindo à nossa volta. E, mesmo diante de toda tecnologia empregada na construção civil, como a impressão 3D, o setor tem a característica tradicional e utiliza a mão de obra artesanal para a construção de seus empreendimentos de alto padrão, gerando assim uma alta demanda de profissionais com experiência no setor e com capacidade de se reinventarem. De carpinteiro a engenheiros, as vagas estão disponíveis e as empresas estão em busca de candidatos para preenchê-las.
A economia começa a dar sinais de melhora. Ainda ressabiados e atentos a todos os sinais, os empreendedores começam a olhar para um futuro e planejar seus times e operações para uma retomada. O mundo não pode parar e, como me disseram uma vez: “O empreendedor é um otimista da economia, ele precisa ver, acreditar e investir mesmo quando não se enxerga um palmo à sua frente. É ele quem faz a roda girar”.