A volta do cafezinho na firma

O café no meio do dia, o bate-papo nos corredores, a alegria quando um problema é resolvido em conjunto. Das várias coisas que a pandemia tirou de todos, os momentos de interação no escritório são lembrados com nostalgia por muitos – e ‘particularmente’ por mim. Por isso, ainda que o desempenho no sistema remoto seja similar àquele atingido presencialmente, muitas empresas começam a investir no retorno dos profissionais ao trabalho in loco.

Apesar de o modelo híbrido ser uma alternativa, a volta ao escritório é vista como uma boa opção para promover a integração e o sentimento de pertencimento. Afinal, o contato online não é capaz de oferecer todas essas pequenas felicidades da vida cotidiana em sociedade. O olho no olho faz com que as interações sejam mais leves e humanas.

Para isso, a adaptação do espaço físico é fundamental. A tendência é de espaços mais colaborativos, com mesas compartilhadas em que o álcool em gel fica ao lado do porta-retrato de família e de outros objetos que antes personalizavam as estações de trabalho.

Para conseguir o fluxo perfeito de trabalho entre os dois mundos, a tecnologia deve invadir ainda mais o mundo corporativo. Os notebooks pessoais devem tomar o lugar dos desktops e os espaços tendem a ser planejados para unir quem veio ao escritório e quem segue em home office.

Softwares de proteção de dados serão cada vez mais utilizados e a automação chega às tarefas mais simples, como impressoras com ativação por meio do crachá individual. Além disso, o reforço constante dos protocolos de biossegurança, a disponibilização de máscaras de proteção e a manutenção do distanciamento social continuam em alta. Depois de tanto tempo em casa, janelas constantemente abertas serão bem-vindas para ajudar o ar a circular e trazer o que está fora para mais perto.

Mesmo assim, protocolos rígidos vão precisar fazer parte da rotina desses locais, independentemente de seu tamanho ou número de profissionais. Bem-estar e segurança nunca sairão de moda, já que, algumas vezes, passamos mais tempo no escritório do que em nossas próprias casas. E essa preocupação vale para qualquer empresa.

* Coluna originalmente publicada na edição #252 da revista TOPVIEW.