A influência de Washington Olivetto na moda brasileira
Há algumas semanas, faleceu o maior publicitário de todos os tempos e a pessoa que me fez se apaixonar pelo ofício da propaganda. Como o tema desta edição é moda, pensei em fazer uma pequena homenagem a ele, relembrando três de suas icônicas campanhas para esse segmento, afinal, a publicidade e a moda andam de mãos dadas.
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Ao vestir algo no corpo, estamos, antes de mais nada, passando uma mensagem. A boa comunicação dessa mensagem se dá pela publicidade. Washington Olivetto soube como ninguém traduzir posicionamentos para a moda, pois tinha a capacidade de entender muito bem a cultura popular brasileira e porque ele próprio era um cara muito ligado à moda. Foi lendo seu primeiro livro, Os Piores Textos de Washington Olivetto, que conheci, por exemplo, as gravatas italianas de Eugenio Marinella, com as exatas sete dobras de seda, usadas por presidentes americanos como Bill Clinton e Barack Obama. Washington assinou diversas campanhas mundialmente conhecidas.
As três campanhas que separei conseguiram construir posicionamentos para marcas não ligadas ao luxo e, por isso, para mim, têm um valor ainda mais especial. Vamos a elas: “Meu Primeiro Sutiã” – Valisère (1987) foi um comercial icônico que marcou gerações de meninas por abordar de maneira sensível a transição da infância para a vida adulta, “Passeata” – Staroup (1988) foi um comercial criado em período de repressão militar no Brasil e marcou uma geração como um grito de liberdade. Já “Como Uma Onda” – Rider (1993), trouxe a voz de Tim Maia e a música Como Uma Onda para traduzir a essência da brasilidade nos anos 1990 e permaneceu por muito tempo no imaginário popular. Washington Olivetto formou a atual geração de publicitários no país e merece todas as homenagens que vem recebendo por suas obras e sua genialidade.
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*Matéria originalmente publicada na edição #294 da TOPVIEW