3 tendências do marketing para 2025
A gente que é da área da comunicação vive atento ao que está rolando na boca do povo para tentar antecipar alguma tendência e sair na frente da concorrência. Trabalhar com marketing significa ouvir e interpretar o que as pessoas falam nos seus momentos de ócio, pois é quando se expressam de maneira mais genuína. Depois de aplicar essa técnica entre conversas na areia, debaixo do guarda-sol, goles de caipirinha e algumas leituras, faço aqui a minha tentativa de prever três tendências que ditarão o comportamento do mercado no ano que se inicia:
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1. Efeito Ozempic & Mounjaro
Enxergaremos mudanças na composição de ingredientes em produtos alimentares, como o aumento da oferta de proteína e a redução no tamanho de embalagens, provocados pelo crescimento do consumo de medicamentos como Ozempic e Mounjaro. Para quem ainda não entrou na trend, esses dois medicamentos, à base de semaglutida e tirzepatida, causam a sensação de satisfação e redução no apetite. A consequência principal é a perda de peso acelerada e a diminuição do consumo de alimentos. Um dado da Startse me chamou a atenção: em uma família de quatro pessoas, em que apenas uma usa Ozempic, o consumo médio alimentar já cai 9%. Se todos na família passarem a usar, como é a tendência nos próximos anos, o consumo poderá cair 50%, e isso deve balançar muito o mercado.
2. Substituição nas redes sociais: saem os influencers e entram os creators
Já comentei sobre isso em um outro texto aqui e a tendência se confirma: as redes sociais viraram um enorme catálogo publicitário, protagonizado pelos influenciadores. Acontece que, assim como na publicidade tradicional, se não existe uma boa produção de conteúdo por trás do anúncio, ele perde relevância. Quem tem ganhado espaço com isso são os creators, profissionais que dominam a linguagem de cada comunidade e o estilo de comunicação em cada rede, com boa capacidade de edição. As marcas e as agências vão ter que aprender a trabalhar com eles se quiserem chegar aos seus consumidores em 2025.
3. Inteligência artificial: ou você aprende ou está fora do jogo
Não dá pra ter preguiça nem relutar. Ou você aprende a usar a Inteligência Artificial ou estará fora do mercado. A previsão é alarmante, mas verdadeira. Sabe aquela época em que quem não sabia mexer no computador parecia um ET? Ela vai chegar neste ano para quem não souber usar as ferramentas de IA. O ChatGPT é só o começo. Busque descobrir também sobre o Midjourney para a produção de imagens, o Perplexity para a busca de informações confiáveis, o Gemini para uso das ferramentas do Google, o Copy. ai para a geração de conteúdo e tantas outras que automatizarão seus processos e o ajudarão na tomada de decisões baseada em dados
*Matéria originalmente publicada na edição #296 da TOPVIEW