Moro vai ou fica?
Essa é a pergunta mais ouvida nos bastidores de Brasília. Inveja, ciúme e interesses nada republicanos movem as forças contra Sérgio Moro. O ministro tem a popularidade mais alta que a de Jair Bolsonaro e está obtendo sucesso no combate a criminalidade. O temor do establishment é que ele possa se candidatar a presidência. Na última investida contra Moro, um consórcio de investigados na Lava Jato tentou fatiar o seu ministério. Rodrigo Maia, o “Botafogo” da planilha da Odebrecht, lançou a campanha e orientou o colega de partido, Alberto Fraga (DEM), a se candidatar a ministro de Segurança Pública. Ao mesmo tempo, o petista Maurício Barbosa, Secretário de Segurança da Bahia e homem de Jaques Wagner, inventou uma reunião e pediu a cabeça do paranaense. Não deu certo. A opinião pública rechaçou a ideia e Bolsonaro voltou atrás. Moro não é candidato, mas pode se transformar se não lhe restar opção. Os tiros de quem não gosta do combate à corrupção podem sair pela culatra.
Custos da bancada
O deputado federal mais caro do Paraná em 2019 foi Evandro Roman (PSD). Ele usou R$ 449.527,93 da verba para custos de gabinete. Na sequência vem Toninho Wandscheer (PROS), R$ 437.606,18, e Enio Verri (PT), R$ 436.192,26. O mais econômico foi Paulo Martins (PSC) que usou R$ 57.834,94.
Faltas da bancada
Apenas dois paranaenses tiveram 100% de presença na Câmara em 2019: Aliel Machado (PSB) e Hermes Parcianello (PMDB). O maior gazeador é Fernando Giacobo (PR), que faltou cerca de 40% das sessões, com 42 ausências. É seguido de perto por Aline Sleutjes (PSL), 32 faltas, e Gleisi Hoffmann (PT), com 27.
A trincheira de Ratinho
Ratinho Júnior é assediado por todos os lados. Candidatos das mais diferentes matizes querem o apoio do governador nas eleições municipais, e isso tem causado problemas. Há muita briga dentro da mesma trincheira. Há municípios com três pré-candidatos da base do governador. O Palácio Iguaçu se transformou num ringue.
*Coluna originalmente publicada na edição 233 da revista TOPVIEW.