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Marcello Serpa foi a identificação para o futuro de Beto Cesar

Marcello Serpa é a referência que encontrei para o que sempre quis ser

Ao longo da jornada da vida, a gente vai buscando nosso próprio processo de individuação. Para se chegar lá,experimentamos aqui e ali referências que ajudam a construir nossa própria colcha de retalhos. Acho bastante curioso quando encontramos algumas que parecem ser realmente parte do que buscamos ser.
O Marcello Serpa é um exemplo desse caso, para mim.

Nunca tive a figura do ídolo no qual se espelhar, mas gosto de observar comportamentos e atitudes de pessoas que me inspiram. Quando decidi pela propaganda como caminho profissional (após ver uma palestra do Cláudio Loureiro no colégio), comecei a pesquisar pelos nomes do setor. O Marcello me chamou atenção por ser um publicitário que surfava.

Aos quase 15 anos de idade, pouca coisa me importava mais do que ir para o mar. Foi uma identificação forte ver quem eu poderia me tornar no futuro, ainda mais personificado com essa conexão com o surf. Passado o deslumbramento infantil inicial, passei a admirá-lo pelo equilíbrio com que ele conseguiu conduzir sua vida.

Na profissão, Serpa sempre manteve um nível bastante alto, o que o colocou em um patamar de personalidade no setor. Nem por isso ele deixou de ter os pés no chão e, justamente por prestar atenção no que é simples e de verdade, conseguiu conduzir sua carreira, parar aos 50 anos e ir morar no Havaí, com o objetivo de curtir a família, pegar onda e pintar. O simbolismo disso para mim é de que a vida é boa e devemos estruturar ela bem para viver bem.

Conheci o Marcello Serpa por intermédio do Ernesto Simões, amigo, publicitário e surfista, com quem
aprendi muito no convívio diário. Com a mesma clareza de pensamento, também se mudou para o Havaí e deve estar lendo esse texto agora enquanto escolhe se vai surfar em Pipeline ou Sunset Beach. Aloha!

*Matéria originalmente publicada na edição 230 da revista TOPVIEW.

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