PODER

Jefferson Rueda: uma entrevista com o chef de A Casa do Porco

O premiado chef de A Casa do Porco celebra a 39ª colocação no ranking de restaurantes The World’s 50 Best

Antes mesmo de ser a hora de A Casa do Porco, restaurante do chef Jefferson Rueda, abrir, uma fila já se forma em frente ao estabelecimento, em São Paulo. Desde 2015, o restaurante célebre pelo protagonismo da carne de porco – mostrando toda a versatilidade e o sabor da iguaria – caiu no paladar de críticos e público. Hoje, mais ainda, com a recente notícia de ser o único restaurante brasileiro a figurar no ranking de restaurantes The World’s 50 Best. Açougueiro e chef premiado, Rueda, que busca resgatar o valor cultural da comida, fala nesta entrevista sobre suas inspirações, sabores que marcaram sua vida e hábitos de lazer.

Jefferson Rueda: Papo Final

Uma lembrança de infância?
As galinhas e os porcos no quintal da minha casa.

Quem o inspira atualmente?
Minha avó, o torresmo do Carlão, minha família, minhas viagens e os momentos em que cozinho com meus amigos no Brasil.

Uma habilidade sua pouco conhecida?
Açougueiro e desenhista.

E outra curiosidade sobre você?
Sou corredor. Vou fazer o caminho da fé no final do ano, correndo.

Melhor refeição que fez recentemente?
Noodles Story, em Singapura.

Atitude mais admirável que testemunhou recentemente?
A luta pela merenda escolar da Janaína Rueda.

Restaurante favorito no momento?
Tenho muitos, falar de um seria injusto. Se for falar de novidade, posso citar o último a que fui na minha última viagem fora de São Paulo: Caxiri, em Manaus.

Destino de viagem: o último e o próximo?
Amazônia e Espanha.

Banda no repeat?
Ouço muito Almir Sater, Alceu Valença, Pena Branca e Xavantinho.

Série que não consegue parar de ver?
O Mecanismo.

Último mimo que se concedeu?
Parar na Capadócia na volta da premiação do World’s 50 Best Restaurants, em Singapura.

Se o dia tivesse 27 horas, como usaria essas três horas extras?
Cozinharia mais na minha casa.

Algo inusitado que recomenda que todos façam uma vez na vida?
Rezar.

Uma mudança importante na sua personalidade no último ano?
Ficar mais calmo e me colocar mais no papel de educador, sem ser somente a figura do “chef”. Ensinar mais as pessoas.

E, se não fosse você, quem gostaria de ser?
Um pássaro, para voar livremente.

Última descoberta gastronômica?
Descobri que o meu caminho é o que eu realmente escolhi para mim: melhorar a cada dia como pessoa e a cadeia produtiva daquilo que eu uso, não explorar ninguém, ser o mais honesto possível. Descobri que esse é o caminho.

Um hábito que gostaria de mudar?
Dormir mais. Durmo pouco.

Sonho de consumo?
Saúde e paz, sempre.

O que espera de 2020?
Que ele seja um ano de paz, tranquilidade e união dos brasileiros.

*Matéria publicada originalmente na edição 226 da revista TOPVIEW. 

Deixe um comentário