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Intercâmbio entre empresários de Curitiba e estudantes da Alemanha busca expansão internacional de negócios locais

Iniciativa possibilitará intercâmbio entre empresários locais com o mercado internacional para proposição de negócios e ampliação de rede de contatos

A edição histórica do estudo “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, publicado pela Fundação Dom Cabral (FDC) em 2020, apontou que o Brasil possui pouco mais de 500 empresas multinacionais. Isso representa 0,01% do total potencial do mercado brasileiro e se mostra uma oportunidade exponencial. Aproveitando esse horizonte promissor de expansão dos negócios brasileiros globalmente, as Faculdades da Indústria, que são parte do Sistema FIEP e a escola de negócios alemã Steinbeis-Hochschule (Steinbeis University), promovem a 2ª edição do Microprograma de Internacionalização SIBE e Faculdades da Indústria no próximo dia 28 de janeiro.

Inspirado na metodologia de design sprint, que busca encontrar soluções e testá-las em um curto espaço de tempo, o microprograma promove sinergia transversal entre os alunos do Master da SIBE, MBA das Faculdades da Indústria e empresas brasileiras selecionadas previamente que estão buscando alternativas na superação de desafios de inovação e internacionalização.

No formato online em decorrência da pandemia, a edição contará com as empresas OnPoint Business Development, Metalus Ind Mec Ltda. GrowinCo, byCoders_, 33Robotics., Instituto Multi Irão e Vapza Alimentos. Anteriormente fizeram parte desse núcleo de inovação no ecossistema de startups curitibano com a QExpert, MadeiraMadeira, Sanepar, e o apoio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e ecossistema de inovação do Vale do Pinhão , Robô Laura, entre outros.

Na visão do gestor de incentivos à inovação e incentivos fiscais da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Marlon Cardoso, essa oportunidade converge com um ganho estratégico para os negócios locais, considerando o perfil internacional da própria cidade. “Participamos da edição passada levando algumas startups representando o Vale do Pinhão e foi uma experiência muito válida. Além de favorecer a experiência estudantil internacional, agregar valor ao processo de internacionalização a partir da experimentação com as empresas da cidade”, pontua. Entendendo esse movimento e a procura do mercado pelos negócios locais, a Agência também está desenvolvendo um programa de internacionalização voltado ao ecossistema curitibano. Ao passo que surgem cada vez mais unicórnios como a Ebanx e, mais recentemente, a MadeiraMadeira.

Busca por inovação

Como disse o fundador da Apple, Steve Jobs, “A inovação é o que distingue um líder de um seguidor”, e essa trajetória está sendo traçada pelas soluções apresentadas pelas startups às empresas para que cumpram o papel de inovação de grandes indústrias. A união das duas pontas da cadeia produtiva é fundamental para inovar. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020), apenas 33,6% das empresas brasileiras são inovadoras. A base para identificar esse perfil foi a introdução no mercado de um produto ou implementação de processo novo ou substancialmente aprimorado.

Comprovando a força de inovação das startups curitibanas, a capital paranaense atualmente é a única cidade brasileira presente no relatório ‘Global Startup Ecosystem Report 2020’. Na avaliação do coordenador do programa, Victor Hugo Domingues dos Santos, essa iniciativa pedagógica é um incentivo à promoção de oportunidades em Curitiba, no Paraná e no Brasil. “Precisamos deixar de lado a imagem de exportador de matéria prima. Ao apresentarmos nossas empresas é muito comum surpresas positivas e que contratos sejam fechados já durante o programa. Estamos além das commodities, temos condições, sim, de exportar tecnologia e conhecimento. Considerando ainda o cenário econômico e o dólar, a internacionalização pode representar uma forma de buscar sustentabilidade para os negócios”, observa Domingues.

As empresas estão envolvidas desde dezembro, mas a participação efetiva ocorre em duas semanas do programa acadêmico. Além da etapa de interação com as empresas, o Master compõe uma série de aulas para formação sobre as perspectivas e imersão na cultura nacional. A iniciativa conta com o apoio da FIEP-PR, Agência Curitiba, Distrito Spark CWB e Jupter.

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