CULTURA MúSICA

Mac Lovio Solek: o cara que produziu quase 80 shows em 2017

À frente da Prime, ele traz alguns dos principais shows a Curitiba – e há quem ache que ele está por trás de todos

“Mais uma da Prime”. O slogan foi criado para descontrair as assinaturas dos comerciais de rádio e marcou tanto que, às vezes, algumas pessoas pedem ingresso para ver uma banda que não é a empresa que está trazendo, conta Solek, de 42 anos, responsável por mais de 600 eventos realizados no Sul nos últimos 11 anos.

Apenas em 2017, a Prime promoveu quase 80 shows de artistas nacionais e internacionais — do cantor italiano Zucchero aos finlandeses do grupo Apocalyptica, passando por Caetano Veloso, Lenine, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova e Jota Quest. Também produziu espetáculos do Circo da China e mais uma temporada de verão em Guaratuba, no Café Curaçao. 

Sozinho em termos, pois cada empreitada exige o trabalho de, no mínimo, 100 pessoas. “Não é o dinheiro que manda nesse business. Você pode até ter recursos para contratar artistas caros, mas sem planejamento e um bom relacionamento com os fornecedores ninguém consegue sobreviver por muito tempo”, afirma o descendente de poloneses, de Piraí do Sul (PR).

Solek veio a Curitiba em meados dos anos 1990 para estudar Engenharia Elétrica e Eletrônica no antigo Cefet. Mas a experiência à frente das festas do Diretório Central dos Estudantes abriu as portas para uma nova profissão. E, em 2006, após quase uma década envolvido com baladas universitárias, ele fundou a Prime, com um show do cantor Armandinho.

Dois anos depois, quando o fenômeno do sertanejo universitário tomou conta do país, ele correu por fora e investiu no pop/rock. “Como é um público menor, resolvi ganhar no volume e na diversidade. Em vez de fazer um mega evento por mês, faço quatro, cinco, seis menores. Mas não concorro com ninguém”, explica o empreendedor, que promete produzir em 2018 um grande festival com as maiores bandas nacionais do gênero — mas parece não gostar muito de abrir o jogo quando o assunto são números e cifras.

Quanto ao estereótipo de “empresário da noite”, Solek caminha na contramão dos clichês. “Acordo cedo, pratico esporte. Quando termina o trabalho, não vou para a balada”, afirma. Ele, inclusive, faz questão de levar a filha Taiane, de 7 anos, a vários shows, para se familiarizar com a estrutura e os bastidores. “No fim das contas, tudo isso vai ficar para ela”, diz.

*Matéria escrita por Omar Godoy e publicada originalmente na edição 206 da revista TOPVIEW.

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