Fino investimento
A vitreo gestão – casa que faz parte do Grupo Empiricus – lançou no Brasil o Vitreo Wealth & Oeno Asset Vinhos Finos, o primeiro produto do portfólio da gestora que busca oportunidades de ganhos com o mercado de vinhos de luxo. O fundo foi estruturado com a gestora e administradora de vinhos Oeno Asset – empresa que faz parte do grupo inglês de mesmo nome e que chegou ao país em junho deste ano. Esse Fundo de Investimento Multimercado (FIM) nasceu com a proposta de tornar mais robusta a oferta de investimentos alternativos, com ativos que mexem com a paixão de quem investe, o que ocorre com os investidores que gostam de colocar seus recursos em obras de arte ou em carros antigos, por exemplo. Com um aprofundamento financeiro ocorrendo no Brasil, os investidores locais têm buscado alocações alternativas às ações e à renda fixa – principalmente com o mundo começando a atravessar um período inflacionário.
De acordo com a empresa, a seleção dos vinhos leva em conta critérios como diversificação geográfica, vintage, liquidez e potencial de retorno. “Investir em vinhos é investir em um ativo real dolarizado. Trata-se de uma excelente opção para diversificação e proteção de portfólio, com boa rentabilidade histórica nos últimos 40 anos”, explica Victor Hugo Cotoski, gestor sênior de portfólios da Oeno Group. “Um investidor que tivesse aportado, em 2000, R$ 100 mil em uma carteira com os melhores vinhos da região de Bordeaux e Borgonha, teria hoje por volta de R$ 2 milhões”, conta.
Com projeção de retorno em libras, o aporte inicial é de R$ 50 mil – valor considerado abaixo do que é ofertado por produtos desse setor. O fundo conta com uma estrutura offshore baseada nas Ilhas Cayman e com uma versão local que espelha o fundo estrangeiro. O investidor que fizer o investimento no fundo vai poder fazer o resgate em garrafas de vinho ou no valor equivalente. O fundo tem um benchmark de retorno absoluto, com expectativa de retorno de 10% em libra sobre o Liv-Ex – a bolsa de valores dos vinhos finos de Londres.
A expectativa é captar R$ 100 milhões no primeiro ano de operação do fundo, que tem R$ 150 milhões de alvo.
*Matéria originalmente publicada na edição #268 da revista TOPVIEW.